O Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, que deve desembarcar em Rio Branco no próximo sábado, 31, para participar da programação de abertura da ExpoAcre 2024, deverá reforçar com empresários locais a importância na exportação para novos mercados usando a Estrada do Paciífico, tendo como fluxo principal o Porto de Chancai, no Peru, que deve iniciar suas operações em novembro deste ano. Ele também deverá ouvir dos representantes locais sobre demandas em relação ao financiamento de cadeias produtivas e também ao fortalecimento do status sanitário do Acre.
Ao lado do senador Sérgio Petecão, o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana, é um dos grandes parceiros de Fávaro na intermediação de abertura de novos mercados. Na gestão do presidente Lula quase 200 novos mercados foram abertos e o objetivo central é valorizar a rota que atravessa o Acre, a estrada do Pacífico, que foi construída na época em que Viana foi governador.
Uma das questões que, certamente, serão tratadas na vinda do ministro Fávaro, é como incentivar a ampliação das exportações do Acre. Uma grande reunião com empresários exportadores do Acre deverá ser feita para discutir esse e outros temas para melhorar o desembaraço de mercadorias na alfândega em Assis Brasil.
“Muito breve nós vamos alcançar 100 milhões de dólares de exportação, provavelmente já no próximo ano quem sabe, isso dá mais de 500 milhões de reais de exportação, porque as exportações tinham caído nos últimos anos e voltaram a crescer agora com o governo do presidente Lula e deve passar dos 100 milhões, ou seja, chegar a meio bilhão de reais nos próximos dois anos, é possível”, frisou Viana ao falar da expectativa do aumento de negócios com a vinda do Ministro.
Representante do Nosso Frigorifico, que já exporta carne bovina para vários países, o empresário Murilo Leite defende que a vinda de Fávaro ao Acre só reforça o compromisso do governo Lula com os negócios que geram emprego e renda. “No Governo do presidente Lula, Ministro Favaro, e Jorge Viana, o Frisacre foi Habilitado para exportar para o Peru, República Dominicana, Arábia Saudita, Filipinas, estamos com processos tramitando no Mapa, pleiteando habilitação para a China, Honduras, Malásia, e Vietnã, e em Novembro o Estado do Acre vai receber uma missão do Chile para credenciar e habilitação a exportação para o Chile, ou seja, tivemos uma grande abertura de mercado para as proteínas animais no Brasil e principalmente no Acre nos últimos dois anos”, destacou.
Diretor da Acreaves, a maior empresa de aves do Estado, o empresário Paulo Santoyo enfatiza que o objetivo maior da vinda do Ministro para empresa é buscar apoio do governo federal para a ampliação da cadeia da avicultura. “A ideia é que o ministro provoque as instituições federais para que possam trazer recursos para o campo, não efetivamente para a Acreaves, mas sim para o campo, para a cadeia de agricultura. Ou seja, poder trazer financiamento para o Homem do Campo, ampliar as oportunidades de construção de granja para que a gente aumente a cadeia da agricultura, ou seja, aumente a produção de frango vivo. O nosso frigorífico já passou por uma reforma grande, tem capacidade de produção, temos clientes, temos mercado, então agora o momento é de ampliação da cadeia produtiva”, disse.
Já com relação a Dom Porquito, a maior empresa exportadora do Estado, Santoyo destaca que o objetivo é consolidar a visita da missão chilena para habilitar o Acre tanto para exportar a proteína suína quanto a bovina. “A gente também considera que a vinda do ministro aqui seja uma forma da gente consolidar a questão sanitária do estado do Acre, de Rondônia, mantendo o status sanitário de livre de aftosa sem vacinação nos dois estados, livre de peste suína clássica nos dois estados, e um pleito desses dois estados é que se mantenha esses dois estados no grupo em que eles estão, né, ou seja, no bloco sanitário que eles estão, que não misture o bloco sanitário Acre e Rondônia em outros blocos, isso faz com que esses dois Estados tenham condição de crescer, sejam, vamos dizer assim, potencialmente bons fornecedores para o mercado internacional, como é Santa Catarina e Paraná hoje”, defende o diretor defendendo inclusive o financiamento para a cadeia suína.