A Nova Ordem de Lúcifer na Terra, ordem religiosa do Rio Grande do Sul, chamou a atenção nas redes sociais depois de anunciar a construção de um santuário com a imagem de Lúcifer, na cidade de Gravataí (RS). A inauguração, no entanto, foi cancelada após a Justiça do Rio Grande do Sul suspendê-la por falta de alvará, na última terça-feira.
Nas redes sociais, os fundadores da Ordem, Tata Hélio De Astaroth e Mestre Lukas, gravaram um vídeo em frente ao monumento que representa Lúcifer. Na descrição da postagem feita no Instagram, eles dizem: “Fomos impedidos de inaugurar por intolerância religiosa”. A decisão da 4ª Vara Cível Especializada em Fazenda Pública da Comarca de Gravataí atende pedido feito pela prefeitura da cidade.
No comunicado, direcionado ao prefeito de Gravataí, Marco Alba, eles relatam que seus direitos a propriedade foram violados, uma vez que o local não recebeu investimentos públicos. Eles citam a determinação judicial que estipulou multa de R$ 50 mil em caso de descumprimento.
“A realidade é que isso se configura um episódio de intolerância religiosa”, disse Tata Hélio, principal líder da Ordem.
Segundo os representantes da Corrente 72, o intuito da decisão judicial não foi proteger as pessoas, como alegou o poder executivo da cidade. Para Tata, se a prefeitura estivesse preocupada com segurança dos religiosos, teria enviado guarda municipais para acompanhar a inauguração. Eles reforçam que o evento era destinado apenas para os seguidores da Ordem, com cerca de 100 pessoas.
Eles afirmam que todos os rituais de inauguração foram executados por seus organizadores, mesmo sem a presença dos fiéis de Lúcifer. Para Mestre Lukas “a imagem está consagrada e recebendo obrigações”.
A CNN buscou a prefeitura de Gravataí (RS) para obter um posicionamento sobre as alegações dos fundadores da ordem religiosa, mas não obteve retorno até o momento.
(As informações desta matéria serão atualizadas)