Casos de febre Oropuche elevam 48% em 2024 e atacam mais mulheres até 50 anos no Acre

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Os dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses mostram que os casos da febre Oropuche são, em 2024, 48,8% maiores que em 2023 no Acre.  No ano passado, o Estado registrou 178 casos e, em 2024, até agora já são 265 registros da doença. O Painel é uma plataforma do Ministério da Saúde.


O perfil dos doentes pode ser assim definido conforme o número de casos: mulher, entre 20 e 50 anos parece ser o grupo mais acometido no Acre.


O Ministério da Saúde define a febre do Oropouche como doença causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus, identificado pela primeira vez no Brasil,  em 1960, a partir da amostra de sangue de um bicho-preguiça capturado durante a construção da rodovia Belém-Brasília.


A transmissão acontece principalmente por meio do vetor Culicoides paraensis, conhecido popularmente como maruim. ou mosquito-pólvora. No ciclo silvestre, bichos-preguiça e primatas não-humanos (e possivelmente aves silvestres e roedores) atuam como hospedeiros. Há registros de isolamento do vírus em outras espécies de insetos, como Coquillettidia venezuelensis e Aedes serratus.


Já no ciclo urbano, os humanos são os principais hospedeiros. Nesse cenário, o mosquito Culex quinquefasciatus, popularmente conhecido como pernilongo e comumente encontrado em ambientes urbanos, também pode transmitir o vírus.


Os sintomas da febre do Oropouche, de acordo com o Ministério da Saúde, são parecidos com os da dengue e incluem dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia.


Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no país, sobretudo na região amazônica, considerada endêmica. Em 2024, entretanto, a doença passou a preocupar autoridades sanitárias brasileiras.


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