Alain Delon, lenda do cinema francês, morre aos 88 anos

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Alain Delon, o ator, produtor e escritor francês cuja beleza fria e enigmática fez dele um símbolo sexual internacional, morreu aos 88 anos.


“Ele faleceu pacificamente em sua casa em Douchy, cercado por seus três filhos e sua família”, disse uma declaração da família divulgada à agência de notícias AFP. Delon vinha lutando contra problemas de saúde nos últimos anos.


Nascido em Sceaux, um subúrbio ao sul de Paris, Delon teve uma infância turbulenta, marcada pelo divórcio dos pais e frequentes expulsões da escola, antes de servir na Marinha Francesa na Indochina e, mais tarde, trabalhar em empregos avulsos em Paris.


Ele fez sua primeira aparição no cinema em 1957, interpretando um assassino de aluguel no thriller “Quand la femme s’en mêle”, intitulado “Send a Woman When the Devil Fails” em inglês.


Este seria o primeiro de muitos papéis de anti-herói para Delon, que se tornou uma figura importante no cinema europeu na década de 1960, trabalhando com diretores elogiados como René Clément (“Plein Soleil”, 1960, intitulado “Purple Noon” nos Estados Unidos), Luchino Visconti (“Rocco e seus Irmãos”, 1960, e “O Leopardo”, 1963) e Jean-Pierre Melville (“Le Samouraï”, 1967).


Em 1968, Delon foi pego em um escândalo de sexo, drogas e assassinato envolvendo a alta sociedade francesa, conhecido como o caso Markovic. Ele foi interrogado, mas nunca acusado.


Ele também apareceu em muitas produções em inglês, incluindo o filme antológico “The Yellow Rolls-Royce” (1964) e os faroestes “Texas Across the River” (1966) e “Red Sun” (1971), mas não conseguiu repetir o sucesso que teve no cinema europeu.


Delon ganhou um prêmio César, o equivalente francês ao Oscar, de melhor ator em 1985 por seu papel como um alcoólatra em “Nossa História”, de Bertrand Blier.


Ele também foi indicado ao Globo de Ouro por sua atuação como o apaixonado e sem dinheiro Tancredi em “O Leopardo”.


Alain Delon comparece à sessão de fotos para a Palma de Ouro de Honra durante o 72º Festival Anual de Cinema de Cannes em 19 de maio de 2019 em Cannes, na França / Laurent KOFFEL/Gamma-Rapho via Getty Images

 
Sua estrela desapareceu em seus últimos anos, mas ele reapareceu na televisão por volta da virada do século, interpretando detetives veteranos em duas minisséries: “Fabio Montale” (2002) e “Frank Riva” (2003-04).

Em 2005, Delon foi nomeado Oficial da Legião de Honra Francesa por sua contribuição ao cinema mundial.


Ele foi casado com a atriz e modelo Nathalie Delon de 1964 a 1969 e o casal teve um filho, Anthony.


Delon teve outros três filhos: um filho, Christian Boulogne, com a cantora e atriz Nico, e Anouchka Delon e Alain-Fabien Delon com a atriz holandesa Rosalie van Breemen.


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