Representantes do governo federal, do Acre, Rondônia, Peru e Bolívia, ainda representantes de classes empresariais, se encontram nesta terça-feira (9) em Rio Branco para a abertura do Encontro Trinacional da Integração Rota Quadrante Rodon.
O encontro discute o avanço das ações que viabilizam a Rota Quadrante Rondônia, principal via de integração do Brasil com Bolívia e Peru perpassando os estados de Mato Grosso, Rondônia e Acre, no momento de grande expectativa de abertura do Porto de Chancay, no Peru, prevista para este ano.
De acordo com o subsecretário de Articulação Internacional do Ministério do Planejamento e Orçamento, Luciano Wexell Severo, o Governo Federal está atendo às atividades comerciais do país para os países asiáticos, e também às necessidades estruturais do Acre para receber o grande fluxo esperado com a abertura da primeira fase de Chancay, em Lima. “Estamos acompanhando de perto a situação em Assis Brasil e Epitaciolândia, as condições da BR-317 e BR-364, e temos uma série de projetos a apresentar aqui para transportes de energia, de comunicações por fibra ótica, questão dos portos na cidades que não têm acesso rodoviário, a extensão de rodovias, pavimentação. Estamos reunidos em um grande esforço para esclarecer que o tema da integração regional não é só um sonho, não é só uma utopia. Há 20 anos o Brasil vendia 2% de tudo que exportava pra China, hoje é mais de 30%. Temos na Ásia nossos principais consumidores, o que torna urgente que o Estado brasileiro se volte para as fronteiras”, disse.
O governador do Acre, Gladson Cameli, comemorou que finalmente os planos de décadas estejam saindo do papel. “A estrada que nós temos há quase 20 anos realmente vai fazer integração com os países da região e nos trazer os benefícios econômicos que a gente tanto precisa”, afirmou.
O presidente da Federação das Indústrias do Acre (FIEAC), José Adriano, instituição apoiadora do evento, explicou que nesta terça-feira (9) acontecem explanações gerais, mas no fim do dia serão definidos os temas e participantes de grupos de trabalhos, que trabalhão em sugestões para soluções dos problemas apresentados. “O questionamento, de fato, é identificar onde estão os gargalos dos estados da Amazônia tanto brasileira quanto peruana e boliviana. Serão montados grupos de trabalho sobre os temas específicos, e serão apresentadas também as sugestões de solução. Com isso vamos dar encaminhamento para os órgãos, instituições e governos competentes”, detalhou.