O 6º Festival Atsa Puyanawa, em Mâncio Lima, seguiu para o seu segundo dia de programação nesta sexta-feira, 19, com uma programação voltada para a vivência na floresta.
O grupo que participa da festividade, composto por indígenas e não indígenas, seguiu para a caminhada na trilha da floresta Puyanawa e consagração da medicina Ayahuasca por volta das 10h e retornará no final da tarde.
Antes dessa programação, o Povo Puyanawa recebeu o governador do Acre, Gladson Cameli, com cânticos e danças que celebram uma nova história da comunidade.
“Estamos aqui reunidos mais uma vez para mostrar a história de vida do nosso povo, que a cada dia encanta mais as pessoas de outras cidades, estados e países. E a presença do governador aqui é mais uma demonstração de apoio ao fortalecimento da nossa cultura”, comemorou o cacique Joel Puyanawa.
Atualmente, o Acre possui um calendário de festividades que inclui 23 festivais indígenas, publicado em Diário Oficial no início deste ano. Os festivais são realizados em nove municípios, focando na preservação ambiental e no reforço da identidade cultural dos povos originários da região. Os meses de julho e agosto concentram o maior número de eventos.
“Com o calendário de festividades, pretendemos tornar a cultura dos povos indígenas e o potencial das nossas florestas mais conhecidos e mais valorizados. O mundo precisa saber que aqui no Acre temos pessoas que vivem dentro das florestas e cuidam do nosso bem mais precioso, que são os recursos naturais, de onde provém a cura para tantos males”, destacou.
Em sua visita à Terra Indígena Puyanawa, na qual foi acompanhado pelos secretários de Estado dos Povos Indígenas, Francisca Arara, e o de Empreendedorismo e Turismo, Marcelo Messias, o governador cumprimentou a mulher mais idosa da comunidade, Railda Puyanawa, de 92 anos, que ao abraçar o gestor, agradeceu pelo olhar carinhoso que a gestão tem pelos povos originários.
Em seguida, o governador foi convidado pelo cacique a participar da pintura corporal e recebeu em seu braço o desenho da ponta da lança, que simboliza proteção e direção.
“Todos os anos eu tenho procurado vivenciar momentos como esses em cada festival indígena realizado em nosso estado, por uma série de motivos, que vai além da presença do Estado, mas porque me sinto bem e renovado de estar vivendo essas grandes experiências. Por isso, convido a todas as pessoas que ainda não conhecem de perto a cultura indígena, que venham participar dessa imersão”, finalizou.