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‘Brainrot’: o distúrbio causado por excesso de consumo de conteúdo fútil na internet é real

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‘Brainrot’: conheça o distúrbio causado por excesso de conteúdo fútil na internet Foto: Unsplash

Chamando todos os viciados em memes e vídeos virais da internet! Você já ouviu falar em “Brainrot”? Este nome, que significa algo parecido com “podridão cerebral”, surgiu pela primeira vez em 2007 e refere-se à tendência de consumir grandes quantidades de conteúdo fútil na internet.


Para muitos especialistas, isto pode prejudicar a nossa capacidade mental. “Embora não seja reconhecido como um diagnóstico clínico oficial, o conceito reflete preocupações com o possível impacto negativo do excesso de exposição a certos tipos de mídia digital”, explica a médica psiquiátrica Cíntia Braga.


Segundo a especialista, a exposição prolongada e excessiva a conteúdos superficiais e/ou de curtíssima duração pode contribuir para a redução da capacidade de atenção, diminuição das habilidades de pensamento crítico e possível negligência de atividades tanto para as mais enriquecedoras intelectualmente quanto para as de vida diária.


Ela ressalta também que estudos relacionam o uso excessivo de redes sociais e consumo de mídia a sintomas de ansiedade, depressão e insônia, além de dificuldades com a atenção, especialmente se o conteúdo consumido for negativo ou desestimulante intelectualmente.


Devemos parar de ver memes nas redes sociais?


Cíntia reflete sobre o assunto. Para ela, não é preciso tomar nenhuma decisão drástica. “Não é necessário eliminar completamente o consumo de memes ou outros conteúdos leves das redes sociais. Esses elementos podem desempenhar um papel positivo, como fornecer humor e uma forma de conexão social.


No entanto, é importante manter um equilíbrio, garantindo que o consumo de conteúdo na internet não substitua atividades que são críticas para o bem-estar mental e físico, como interações sociais face-a-face, exercício físico e leitura”, acredita.


Ela defende a diversificação das atividades diárias para incluir não só o consumo de mídia, mas também de atividades que estimulem o cérebro de maneiras diferentes, como hobbies, exercícios físicos e tempo com amigos e família em ambientes fora das telas. “Estabelecer limites de tempo para o uso de dispositivos digitais e selecionar conscientemente conteúdos que sejam enriquecedores ou educativos também pode ajudar a manter uma dieta digital saudável”, defende.


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