Amai Park alega erro no tempo de entrega e promete abertura até janeiro

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Amai Park em 29/07/24 I Foto: Whidy Melo/ac24horas

Os administradores do Amai Park, parque aquático que está sendo construído desde 2021 na rodovia AC-40, entre Rio Branco e Senador Guiomard, se falaram com o ac24horas nessa segunda-feira (29) sobre o atraso da obra e boatos de recuperação judicial e abandono da construção do parque. De acordo com o advogado


do empreendimento, Alfredo Jares, a empresa que fez o lançamento do Amai Park errou no tempo de entrega, que já foi ultrapassado há dois anos.


O ac24horas esteve no local da obra ao lado de Alfredo Jares e do gerente do parque, Douglas do Nascimento. Em 2021, o Amai Park pretendia vender 1.500 passaportes vitalícios por R$ 3.780,00 à vista, ou parcelas em boletos com o preço final de R$ 4.522,00, sem consulta aos órgãos de crédito. O tempo passou e o parque, que seria aberto ao público em 2022, até hoje não funciona. Diante dos mais de 500 clientes que compraram os passaportes, alguns passaram a questionar o motivo da demora para a conclusão das obras.


Em visita ao local (veja fotos e vídeo abaixo) dezenas de funcionários trabalhavam na obra nessa segunda (29) e algumas das principais atrações já estão instaladas, incluindo aquelas que não participavam do pacote vendido. “Ao longo do início da obra, fomos percebendo que poderíamos implantar algumas melhorias e fizemos isso. No parque aquático infantil, por exemplo, o menor brinquedo tem 2,5 metros de altura, por isso, as crianças menores não poderiam brincar lá. Isso nos fez providenciar um outro parque com brinquedos menores, mas quem comprou o passaporte não vai pagar nada a mais por essas implantações”, disse Douglas do Nascimento, gerente de vendas do Amai Park.


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Maquete mostra como vai ficar o parque após entrega I Foto: Whidy Melo/ac24horas

Segundo Alfredo Jares, o Amai Park terceirizou o serviço de elaboração de contratos com os clientes, marketing de lançamento e afins. Esta empresa que foi contratada acabou fixando um tempo de entrega do parque de 18 meses, o que seria impossível de cumprir diante da complexidade do projeto.


“Nós tivemos duas das maiores alagações da história que causaram bloqueios em estradas. Todo esse material que vem pra cá, é de fora. Trabalhadores que vem pra cá fazer tematização, subestação, casa de máquinas, são uma mão de obra muito requisitada no Brasil inteiro e vem de fora, passam algum tempo aqui e tem que voltar para cumprir outros contratos, tem uma questão de disponibilidade. Tivemos que parar 45 dias para uma inspeção do Ministério do Trabalho, estamos mediante outra inspeção do IMAC, isso tudo leva tempo. Nós estamos com quase 2 anos em atraso, mas ao meu ver, erroneamente, a equipe que fez o lançamento estabeleceu um contrato com entrega de 18 meses, o que não é possível. Por isso, paramos as vendas e estamos trabalhando para entregar um parque incrível para quem já fez a compra”, disse o advogado.


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Amai Park em 29/07/24 I Foto: Whidy Melo/ac24horas

 


Como estão as obras agora?


 


O projeto do Amai Park está hoje com 52.000m² de construção. Destes, 2.000m² são de estacionamento que já está construído, mas ainda vai receber placas fotovoltaicas, já que todo o parque é autossustentável. A área de lazer aquática principal já está instalada, mas as bombas aguardam um técnico especializado para fazer a ligação.


Todos os outros equipamentos, dos complexos como bombas, areia especial para filtragem da água, material de ofurôs, bombas d’água aos mais simples, como cadeiras de plástico, espreguiçadeiras, já estão armazenadas e aguardando instalação.


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Entre duas lixeiras, uma turbina que aguarda instalação com mão de obra especializada I Foto: Whidy Melo/ac24horas

“A nossa dificuldade é na contratação da mão de obra especializada, que não tem no Acre e no Brasil são poucos. A Energisa agora que nos entregou nossa rede, que pedimos desde 2022. Os cabos de energia das subestações nós pedimos e a fábrica pediu 5 meses para confeccionar, por causa das especificações. O disjuntor que vai ligar toda essa estrutura também foi feito por encomenda e levou 120 dias, quando chegou não passou no teste e foi refeito. Você poderia imaginar que uma fábrica vai te pedir 5 meses pra fazer um cabo? Então são com essas complicações que estamos lidando”, afirmou Alfredo Jares.


 


Empresa nega recuperação judicial e dificuldades financeiras

 


De acordo com Jares, a empresa opera com recurso dos investidores, sem financiamento, e a situação do Amai Park é saudável. “Não há uma empresa que estejamos devendo, nem pendência trabalhista, nada. Pelo contrário, estamos colocando elementos no parque, como a piscina de bolhas, que nem estavam no projeto inicial que foi vendido, mas vimos que seria bom para o parque e implementamos”, afirmou.


 


Parque deve ser lançado até janeiro de 2025

 


A nova programação do Amai Park é lançar a primeira fase do parque entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, sendo que por “primeira fase”, a empresa considera tudo aquilo que prometido no pacote de venda de 2021. A segunda fase seriam os pontos de entretenimento que os compradores dos pacotes receberiam “a mais”, ou seja, que não estavam previstos.


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Piscina de ondas artificiais será entregue na segunda fase I Whidy Melo/ac24horas

Os representantes do parque destacam que os clientes que já adquiriram seus passaportes podem visitar a obra de construção do empreendimento para acompanhar o seu andamento, bastando para isso agendar o horário pelo telefone disponível no site.


Veja o vídeo:

 



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