Na tranquilidade da paisagem verdejante de uma colônia da estrada de Plácido de Castro, reside uma mulher que já esteve no fundo do poço. Terezinha, de 48 anos, faz pinturas em toalhas, panos de prato e camisas, mas antes do encontro com a arte, vendeu picolé nas ruas e trabalhou em casa de família como faxineira.
No período crítico, após a morte da mãe, sua vida virou de cabeça para baixo e depressão passou a colocar em xeque a sua saúde e o seu futuro. A reviravolta começou quando percebeu que o tempo em que ficava concentrada nos trabalhos de pinturas lhe trazia boas lembranças, uma porta de saída.
Assim que soube da história, o videomaker do ac24horas, Kennedy Santos, não pensou duas vezes e foi até o “Ateliê” da Terezinha. O lugar simples, na zona rural, é onde o marido trabalha como caseiro. A mulher não ajuda na roça por conta das limitações físicas, mas no que se refere a pintura, ela é fera.
O videomaker destaca a habilidade de transformação de tecidos simples que misturados a tintas de cores variadas dão vida a desenhos que tem tudo a ver com a nossa flora e fauna. “É muito bom saber que as pessoas gostam do que fazemos”, disse ela a Kennedy Santos.
Tema importante
Dados do último mapeamento sobre a doença realizado pela Organização Mundial de Saúde – OMS – apontam que 5,8% da população brasileira sofre de depressão, o equivalente a 11,7 milhões de brasileiros.
Na lista de pessoas mais suscetíveis a ter depressão, mulheres aparecem na liderança. Segundo a OMS, elas apresentam duas vezes mais chances de terem o diagnóstico da doença do que os homens.
Levantamento feito pelo Instituto República.org com base em dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), mostra que existem apenas 19 psicólogos para cada 100 mil habitantes no Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil.
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