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Polícia tem 3 hipóteses para morte dos que tentaram sequestrar Sérgio Moro; entenda

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Foto: Pedro França/Agência Senado

A Polícia Civil de São Paulo e a Secretaria de Administração Penitenciária abriram uma investigação para apurar a causa da morte de dois detentos no presídio de Presidente Venceslau, no extremo oeste de São Paulo. Mas não são presos comuns.


Janeferson Aparecido Mariano e Reginaldo Oliveira Souza, que tinham respectivamente os apelidos de “Nefo” e “Rê”, foram apontados como os mentores de um plano para sequestrar o ex-ministro da Justiça e agora senador, Sérgio Moro (União Brasil).


Mortos nesta segunda-feira (17), os dois eram de um grupo de elite dentro do PCC, chamado de “Sintonia Restrita”. Os dados contam na análise de perfil dos criminosos, que tinham posição de destaque dentro da facção.


O Sintonia Restrita é tido por promotores e investigadores como uma espécie de “esquadrão de elite” do PCC, que é responsável por assassinatos por encomenda e perseguição de autoridades, conforme as orientações dos chefes da facção. Ao grupo, teria sido incumbida a meta de perseguir e sequestrar Sérgio Moro.


A falha em executar a missão é, segundo investigadores ouvidos pela CNN, a primeira hipótese do assassinato dos dois comparsas. Eles foram mortos nas áreas comuns da P2 de Presidente Venceslau, onde ficam detidos alguns dos principais chefes do PCC.


A Polícia ainda trabalha com a hipótese de que os integrantes da facção possam ter desconfiado de traição, uma vez que o primeiro envolvido no plano de sequestro foi preso antes dos outros e, logo depois, vieram mais oito detenções relacionadas ao caso. Isso poderia ter motivado a ira dos chefes do crime organizado no estado.


Há ainda uma terceira possibilidade considerada pelos investigadores, de que as ações de “Nefo” e “Rê” tenham culminado com a morte de outro homem forte da facção, mas sem respeitar as regras internas impostas pelo núcleo de comando do tráfico de drogas.


O depoimento de agentes, outros detentos e as imagens de câmeras de segurança devem agora ajudar a Polícia a desvendar os motivos das execuções e entender se elas tiveram relação ou não com o plano para capturar o senador Sérgio Moro.


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