Raquel Pacheco, mais conhecida como Bruna Surfistinha, foi indiciada por maus-tratos a animais pela Polícia Civil de São Paulo. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o inquérito foi concluído nessa terça-feira (25) e enviado para a Justiça, que deve decidir se Bruna responderá ou não pelo crime.
O caso foi investigado pelo Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC). Caso seja condenada, a pena de detenção é de três meses a um ano, além de multa. O inquérito foi aberto após um boletim de ocorrência registrado pela síndica do prédio onde Bruna aluga um apartamento.
No BO, a síndica alega que Bruna alugou o imóvel há seis meses, mas saiu de lá há cerca de 20 dias após ficar sem luz, devido à falta de pagamento. Porém, os animais permaneceram ‘em total estado de abandono’, disse a mulher à polícia. Ainda segundo o boletim, a síndica disse que diversas reclamações de moradores devido ao cheiro forte de fezes e urina, foram feitas. Ela alega, ainda, que Bruna aparecia raras às vezes para limpar o local e alimentar os animais.
No dia 30 de novembro de 2023, policiais da 2ª Delegacia da Divisão de Investigações de Infrações contra o Meio Ambiente (DIICMA) compareceram ao imóvel, onde resgataram os animais e requisitaram perícia. Com os policiais foram também, ativistas das ONGs Lar Promessa Fiel, que cuida de cães, e Perfeitos e Especiais, que resgata gatos na capital paulista, segundo o G1.
Vídeos do momento do resgate foram divulgados pela ativista Luisa Mell, que também recebeu denúncia sobre o abandono dos animais. Nas imagens, é possível ver fezes e urina em todo o apartamento. Também é possível ver potes de ração e água vazios, e os animais se alimentando famintos após o resgate.
O que diz Bruna
Após seracusada de maus-tratos por abandonar uma cachorra e três gatas em um apartamento em São Paulo, Bruna Surfistinha publicou um vídeo em suas redes sociais alegando que havia sido proibida de entrar no imóvel.
No seu perfil no Instagram, ela começa o vídeo em um carro e diz: “Eu estou indo até um lugar agora, mas para você entender o que está acontecendo preciso voltar um pouco no tempo”. Na sequência, aparece a imagem dela gravada na porta do prédio afirmando que estava proibida de entrar.
“Esse foi o primeiro dia de tentativa de entrar no apartamento”, explicou. Logo depois, Bruna Surfistinha aparece de novo na frente do prédio e afirma: “Essa foi minha segunda tentativa, segunda noite que tentei entrar no meu apartamento e fui proibida”.
E continua: “E no terceiro dia eu acordei de manhã já com a notícia de que meus bichos estavam sendo retirados do apartamento. O maior absurdo é que tudo foi arquitetado para que eu me enquadrasse como criminosa por abandono aos meus bichos”, alegou.
Segundo a defesa de Bruna, ela está devendo o aluguel do apartamento e, por isso, estava sendo pressionada a se retirar.
“Usaram essa história do abandono para forçar ela a sair. Ela nem teve mais acesso para entrar no apartamento, que tem coisas dela. No mundo civilizado, você ingressa com ação, não chama polícia”, diz o advogado Luiz Carlos Pileggi Costa, ao G1.
Fonte: Itatiaia