Um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) revelou dados impactantes sobre os impostos no Brasil. Em 2024, o contribuinte acreano, bem como o brasileiro em geral, teve de trabalhar até o dia 28 de maio apenas para pagar tributos, ou seja, impostos, taxas e contribuições exigidos pelos governos federal, estadual e municipal.
Em 2023 foram necessários 147 dias trabalhados só para impostos e, em 2024, são 149 – quatro meses e vinte e oito dias exclusivamente para sustentar o dragão tributário.
Isso significa que a tributação sobre a renda, patrimônio e consumo, considerando o rendimento médio do brasileiro (média das faixas de cálculo no estudo), está atualmente em 40,71%, segundo o IBPT.
Nos dias de hoje se trabalha mais do dobro do que se trabalhava na década de 70, para pagar a tributação. O levantamento base, para o cálculo do número de dias trabalhados, foi feito por faixa de renda, considerando-se o período de maio de 2023 a abril de 2024.
Utilizou-se, para fins tributários, a faixa mensal de rendimento de até R$ 3.000,00 (classe baixa), de R$ 3.000,00 a R$ 10.000,00 (classe média) e acima de R$ 10.000,00 (classe alta). Para base desse estudo, nos utilizamos da faixa média dos rendimentos.
De acordo com outro estudo denominado IRBES (Índice de Retorno ao Bem Estar da Sociedade) observa-se que o Brasil, entre os 30 países de maior carga tributária no mundo, é aquele que dá o pior retorno à sua população, em relação aos valores arrecadados, no que se refere ao retorno dessas verbas, com direcionamento à melhoria dos serviços públicos e consequentemente, aumento do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Até às 10h dessa quarta-feira (5), o acreano pagou quase R$2,55 bilhões em impostos neste ano de 2024, segundo o Impostômetro.