O diretor-presidente do Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (SAERB), Enoque Pereira, disse nesta quinta-feira (6) que pode solicitar uma intervenção inédita no leito do Rio Acre caso o nível das águas continue a baixar e atinja um nível crítico. Hoje o Rio Acre mediu 2,38m, de acordo com a Defesa Civil Municipal.
Segundo Enoque, ainda não há comprometimento no abastecimento de água da capital, que é feito a partir da captação da água do Rio Acre. “Não estamos distantes da mínima de 1,25m que chegamos no ano passado. É preocupante. Se for necessário, estamos preparados para fazer as intervenções, seja a colocação de barreiras ou escavação com máquinas, mas claro que tudo isso acompanhado de avaliação dos órgãos ambientais competentes”, disse o diretor-presidente.
O coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Carlos Batista, disse na última segunda-feira (3) que a tendência para os próximos meses é de que o Rio Acre apresente um nível de água inferior ao histórico 1,25m registrado no dia 2 de outubro de 2022. Diante da situação, a possibilidade de decretação do estado de alerta ambiental está sendo analisada.
Além da análise, a Defesa Civil Estadual solicitou a todos os municípios do Acre planos de contingência para prevenção às queimadas florestais, mas Carlos Batista explica que as consequências do baixo nível das águas em todo o estado podem gerar problemas em múltiplas áreas.
“Esse problema causa consequências na agricultura, pecuária, piscicultura, no abastecimento de água, problemas com o aumento das doenças circulatórias em decorrência da baixa umidade, o nível do lençol freático pode deixar poços secos, além do risco maior de incêndios”, disse o coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Batista.