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Mais de 95% dos trabalhadores da construção civil não têm carteira assinada

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“Comemorar o quê? Não temos nada para comemorar, pelo contrário, só a lamentar a situação dos trabalhadores da classe. São submetidos à vontade dos patrões, que simplesmente passam por cima do direito de todos. Cerca de 95% dos operários da construção civil trabalham sem carteira assinada”. O depoimento é do sindicalista José Aldemar, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, dado em entrevista ao jornalista Adailson Oliveira, na TV Gazeta.


Aldemar participava das solenidades pela passagem do Dia do Trabalhador quando resolveu desabafar e expor a situação da classe. “O operário trabalha sem nenhum direito trabalhista, especialmente uma aposentadoria decente” comentou.


De acordo com o sindicalista, há dois meses enviou uma proposta de reajuste de salários e até agora nenhum deram resposta, deixando ainda mais defasados os vencimentos dos trabalhadores. José Aldemar afirma que apesar do aumento da oferta de trabalho em Rio Branco, o trabalhador continua enfrentando velhos problemas. As empresas não querem contratar com carteira assinada.


“Dos quase 2 mil trabalhadores que hoje dependem da construção civil, mais de 95% estão tendo seus direitos trabalhistas vergonhosamente desrespeitados, sem suas carteiras assinadas.


Quando a pessoa é demitida, não recebe as verbas rescisórias, sem contar que não existem depósitos do FGTS e obviamente não vai contar o tempo de serviço para a aposentadoria. O pior de tudo, não tem seguro desemprego”.


Aldemar afirma que a maioria absoluta das contratações nas obras ocorrem na informalidade. O mais grave é que se tratam de obras públicas, e que computam com essa grave irregularidade. O sindicalista assegura já denunciou para todos os órgãos fiscalizadores, e que até hoje nenhuma medida foi tomada, sequer uma fiscalização nos canteiros de obras para que possam verificar in loco as irregularidades.


Com informações da TV Gazeta


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