Ibovespa abre sem viés claro em pregão com vencimento de opções; dólar cai

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A bolsa paulista abria com viés negativo nesta sexta-feira (17), marcada por vencimento de opções sobre ações e sem uma tendência definida no exterior, onde a China é destaque do noticiário após anunciar medidas “históricas” para estabilizar o setor imobiliário no país.


Às 10h04, o Ibovespa tinha variação negativa de 0,11%, a 128.138,74 pontos. O contrato futuro do Ibovespa com vencimento mais curto, em 12 de junho, mostrava acréscimo de 0,24%. Já o dólar caía 0,15%, a R$ 5,1231.


A moeda norte-americana reagia a medidas que autoridades chinesas chamaram de “históricas” para estabilizar o setor imobiliário da China, o que gerou otimismo pela demanda de commodities, com o minério de ferro atingindo máxima em uma semana.


Em nota a clientes, a Guide Investimentos classificou o anúncio chinês como “a maior notícia do dia”.


Mais cedo, as autoridades chinesas anunciaram uma série de medidas para estabilizar seu setor imobiliário atingido pela crise, com o banco central viabilizando 1 trilhão de iuanes (US$ 138 bilhões) em financiamento extra e flexibilizando as regras de hipoteca.


Os investidores esperam que as medidas marquem o início de uma intervenção governamental mais decisiva para compensar a diminuição da demanda por apartamentos novos e antigos, desacelerar a queda dos preços e reduzir um estoque crescente de casas não vendidas.


A movimentação na segunda maior economia do mundo gerava otimismo pela demanda de commodities. Os contratos futuros de minério de ferro ampliaram a alta da véspera nesta sexta-feira, atingindo o valor mais alto em mais de uma semana, e estavam a caminho de encerrar a semana com ganhos.


O contrato de setembro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China DCIOcv1 encerrou as negociações do dia com alta de 2,18%, a 891,5 iuanes (US$ 123,47) a tonelada, o maior valor desde 8 de maio. Na semana, o ganho foi de 2,8%.


Ainda em relação ao cenário externo, os investidores também analisavam falas de autoridades do Federal Reserve na véspera, que demonstraram cautela com a inflação nos Estados Unidos e indicaram a manutenção da política monetária atual, sem sinalização de cortes de juros.


Diante dos dados desta semana, as autoridades do Fed reconheceram a virada positiva depois que números mostraram que os preços ao consumidor nos EUA subiram menos que o esperado em abril, mas isso ainda não fez com que dissessem algo concreto sobre quando os juros podem cair.


No cenário doméstico, os investidores continuam atentos aos desdobramentos da troca de comando na Petrobras, que geraram temores de interferência política na estatal, assim como à tragédia causada pelas enchentes no Rio Grande do Sul.


Dúvidas também persistem sobre o compromisso do governo com as contas públicas e em relação às movimentações futuras da taxa Selic, após os diretores do Banco Central retirarem a orientação futura para os juros básicos em sua mais recente reunião de política monetária.


Na véspera, o dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,1310 na venda, em baixa leve de 0,11%.


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