O velho ditado diz que “clássico é clássico e vice-versa”. E o Manchester United fez valer a máxima. Na manhã deste sábado (25), os Diabos Vermelhos fizeram grande primeiro tempo, marcando duas vezes, se seguraram na etapa final e venceram o supercampeão Manchester City por 2 a 1 para ficar com o título da Copa da Inglaterra.
É o 13º título do lado vermelho de Manchester na FA Cup, a competição mais antiga do mundo: antes, venceu em 1909, 1948, 1963, 1977, 1983, 1985, 1990, 1994, 1996, 1999, 2004 e 2016. É também o primeiro troféu desde a Copa da Liga Inglesa no ano passado.
Fica a dúvida agora se o técnico Erik ten Hag vai permanecer em Old Trafford. Isso porque, antes do clássico, a imprensa britânica dava como certa a saída do treinador holandês, independentemente do resultado em Wembley, em Londres.
O lado azul de Manchester, por outro lado, perde a chance de mais uma dobradinha seguida — tetracampeão consecutivo da Premier League, os citizens ainda tinham vencido a Copa da Inglaterra e a Champions League em 2022/23.
O City, porém, não tem do que reclamar da temporada que chega ao fim. Além do tetra consecutivo da Premier League e do sexto título em oito edições do Campeonato Inglês sob comando de Pep Guardiola, os citizens conquistaram os inéditos títulos do Mundial de Clubes e da Supercopa da Europa.
A vitória, de qualquer forma, amplia o domínio do United sobre o City no retrospecto do clássico. São 79 vitórias, 53 empates, 71 derrotas, 275 gols marcados e 273 gols sofridos pelos Diabos Vermelhos na história do Dérbi de Manchester. Além disso, é uma revanche pela decisão perdida na Copa da Inglaterra do ano passado.
Competições europeias
Com o fim da temporada local, os ingleses já sabem quais times estarão nas competições europeias da temporada que vem. O Manchester United, apenas oitavo colocado na Premier League, vai para a Europa League ao lado do Tottenham, quinto na Liga.
Os quatro melhores do Campeonato Inglês — Manchester City, Arsenal, Liverpool e Aston Villa — vão para a Champions League. Sexto colocado da Premier League, o Chelsea herdou a vaga para a Conference League que teria o Liverpool, campeão da Copa da Liga.
Primeiro tempo
O principal momento do Manchester City na etapa inicial aconteceu com menos de um minuto de partida. Haaland tomou um tranco de Lizandro Martínez após bola levantada por Gvardiol e caiu na área pedindo pênalti. A arbitragem, porém, mandou o jogo seguir.
Depois, o duelo continuou da maneira como se esperava. Os citizens comandavam o ritmo do jogo, com os Diabos Vermelhos se segurando e saindo “na boa”. O United conseguiu ameaçar aos oito, em finalização pela direita de Garnacho que Ortega defendeu com segurança.
Aos 29, os Diabos Vermelhos abriram o placar. Dalot lançou do campo de defesa, Gvardiol chegou antes de Granacho, mas recuou tudo errado para Ortega, que viu a bola passar e ficar tranquila para o próprio Garnacho marcar.
Pouco depois, aos 37, o United voltou a marcar, com Garnacho sendo acionado nas costas da defesa e cruzando para Rashford. O lance, porém, não foi validado, já que o autor do gol que abriu o placar estava impedido na origem da jogada.
Não demorou, porém, para os Diabos Vermelhos de fato ampliarem. Mais uma vez em velocidade, Garnacho foi para dentro pelo lado direito do ataque e tocou para Bruno Fernandes, que, de primeira, despachou para Mainoo bater com estilo, sem chances para Ortega.
Segundo tempo
O Manchester City foi para o tudo ou nada na etapa final. E, logo aos nove minutos, Haaland fez tremer o travessão com bela finalização. Já aos 14, Walker arriscou da entrada da área, firme e forte, mas Onana fez boa defesa e colocou a bola para escanteio.
O United só conseguiu responder aos 22. Garnacho fez boa jogada individual pela direita, limpou a defesa e bateu para intervenção de Ortega. Já aos 27, Lisandro Martínez demorou a deixar o campo para ser substituído, o que irritou Walker e levou a um bate-boca.
Aos 29, Mainoo se enroscou com Haaland depois de um escanteio, o City pediu pênalti, mas a arbitragem, de novo, mandou seguir. Aos 31, Walker arriscou — dessa vez, rasteiro — e, mais uma vez, ficou em linda defesa de Onana.
De tanto pressionar, o Manchester City conseguiu descontar. Aos 41, Jeremy Doku recebeu de Foden no bico da área pela direita, limpou a marcação, achou o espaço e bateu no cantinho. O chute saiu fraco, e Onana até bateu na bola, mas não conseguiu fazer a defesa. Depois, os Diabos Vermelhos se seguraram e ficaram com a taça.