Em dez anos, 22% dos decretos de emergência editados no Acre foram relacionados à seca extrema. De 196 decretos tratando de emergência por desastre ambiental, 43 foram por estiagem no período compreendido entre 2013 e 2023.
O impacto das chuvas resultou em 94 decretos de emergência. Doenças infecciosas, incêndios e outros tipos de desastres também motivaram decretos. Os dados constam de um novo estudo da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) que estima ainda os prejuízos públicos e privados em decorrência dos desastres naturais: no Acre, a soma chega a R$ 1.628.414.095,00 no período analisado.
Ciente das dificuldades dos gestores municipais em contabilizar os danos e os prejuízos decorrentes de desastres, a Confederação revisita que apenas 47% dos 5.233 municípios que registraram os decretos no sistema federal preencheram informações sobre os valores dos prejuízos.
A grande maioria dos municípios preenche as informações acerca de danos humanos, dados que conseguem sistematizar com maior precisão e rapidez após um desastre (mortos, feridos, desalojados, dentre outros). Portanto, os R$ 639,4 bilhões de prejuízos decorrentes de desastres entre 2013 e 2023 dizem respeito a apenas 2.654 municípios e não a todos os municípios que registraram os decretos no sistema federal, explica a CNM.
Ao longo desses anos, o governo federal, entre 2013 e 2023, autorizou o total de R$ 9,5 bilhões no orçamento para repasse aos municípios destinado ao pagamento de ações de gestão de riscos, prevenção, preparação, resposta a desastres, reabilitação e reconstrução de áreas danificadas e destruídas por calamidades.
Quanto à efetivação dos recursos federais, foram executados R$ 64.123.181,00 contra desastres naturais no período no Acre.
As previsões climáticas apontam para uma estiagem severa no Estado em 2024 -e o verão se aproxima. O baixo volume de água nos rios é indicativo que os acreanos podem sofrer com a estiagem.
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