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Vídeo mostra agressões a menino antes de ele ser golpeado pelas costas e morrer

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Carlos Teixeira, de 13 anos, foi agredido por estudantes em Praia Grande (SP) — Foto: Arquivo Pessoal
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Carlos Teixeira, o estudante de 13 anos que morreu uma semana após os colegas pularem sobre as costas dele dentro de uma escola estadual, sofria bullying com frequência e já tinha sido agredido em outras oportunidades em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Um vídeo, obtido pelo g1 nesta quinta-feira (18), mostra um dos episódios em que o garoto foi vítima dentro da unidade escolar (assista abaixo).


O adolescente morreu após sofrer três paradas cardiorrespiratórias na terça-feira (16), enquanto estava internado na Santa Casa de Santos. O jovem precisou de atendimento médico após dois meninos pularem nas costas dele na escola estadual Júlio Pardo Couto no dia 9 de abril.


O pai da vítima, Julisses Fleming, contou ao g1 que recebeu imagens das agressões por meio de desconhecidos nesta semana, após a morte do adolescente. Ele conta que o filho reclamava de perseguição de outros alunos desde fevereiro e estava traumatizado psicologicamente.


Nas imagens (veja abaixo), é possível ver o menino sendo encurralado por diversos alunos no banheiro masculino. Um deles aplica um golpe de enforcamento, prendendo o pescoço de Carlos em seus braços. Enquanto isso, outros estudantes empurram o adolescente.


Ainda no vídeo é possível notar que, quando Carlos consegue se livrar dos agressores, ele anda rapidamente em sentido contrário ao banheiro, enquanto dezenas de estudantes que assistiam à cena dão risada e gritam.


Segundo Julisses, toda vez que o filho relatava uma agressão, ele comparecia na escola. No entanto, nenhuma atitude era tomada por parte da direção. Cerca de três semanas antes do dia que os meninos pularam nas costas de Carlos, o pai foi chamado na escola, pois o adolescente estava machucado. Na ocasião, o menino contou que havia sido agredido por colegas.


Julisses contou que chegou a solicitar uma reunião de pais, mas não teve retorno. Desta forma, ele diz que chegou a dar um spray de pimenta para o filho conseguir fugir dos agressores. “Mas não adiantou. […] Estou destruído”, finalizou o pai do jovem.


Secretaria de Educação

 


Em nota, a Secretaria de Educação do Governo de São Paulo (Seduc-SP) informou que o vídeo foi gravado no dia 19 de março.


“A Pasta repudia toda e qualquer forma de agressão e de incitação à violência dentro ou fora das escolas. Na época, ao tomar ciência do caso apresentado, a gestão escolar acionou Conselho Tutelar e os responsáveis do aluno. Também registrou o ocorrido no aplicativo do Conviva”.


A Seduc ainda afirmou que lamenta profundamente o falecimento do estudante. “A Diretoria de Ensino de São Vicente instaurou uma apuração preliminar interna do caso e colabora com as autoridades nas investigações”.


A Prefeitura de Praia Grande disse que lamenta profundamente a ocorrência com um aluno da Escola Estadual Júlio Pardo Couto, no Bairro Nova Mirim. A Administração municipal se solidariza com os familiares e amigos do jovem.


A Prefeitura solicitou junto a secretaria de Estado uma apuração completa dos fatos, já que a unidade de ensino é estadual. A administração municipal explicou ainda que também já está analisando todos os procedimentos adotados no atendimento efetuado no pronto-socorro da Cidade.


Entenda o caso

 


Carlos Teixeira morreu na terça-feira (16), na Santa Casa de Santos. O pai afirmou que o filho era saudável e acredita que a morte aconteceu em decorrência da agressão sofrida. Segundo apurado pelo g1, o caso foi registrado na Polícia Civil e a causa da morte ainda está sendo investigada.


Julisses afirmou que os médicos disseram que a suspeita era de que a causa da morte seria uma infecção no pulmão. Em nota, a Santa Casa de Santos confirmou a transferência da UPA Central, mas disse não ter autorização para dar mais informações sobre o caso.


Morte suspeita

 


A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) afirmou que o caso foi registrado como morte suspeita e é investigado pelo 1º Distrito Policial (DP) de Praia Grande. Conforme apurado pelo g1, o corpo de Carlos passará por necropsia — procedimento médico que examina a causa da morte.


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