“Quanto mais alta a posição, menos ‘compensa’ o valor, relativamente, dada a complexidade envolvida no trabalho”, explica. “Isso gera muito desgaste, que muita gente não quer, pois, compromete a qualidade de vida e a saúde mental”.
A preocupação em atuar profissionalmente com propósito e prezando não só a remuneração, como também a saúde mental, tem sido muito pautada pela Geração Z — nascidos entre 1996 e 2010 — mas, segundo as especialistas consultadas pela CNN, quase todos têm buscado mais equilíbrio.
Os entrevistados da pesquisa tinham entre 18 e 67 anos, o que mostra que o novo comportamento não é exclusivo de gerações mais atuais.
Segundo Nakata, outro indicativo desse movimento é que as pessoas se encontram mais felizes nas empresas e evoluindo na sua carreira não exatamente como líderes, como indica a pesquisa Lugares Incríveis para Trabalhar da FIA Business School de 2023.
Para a especialista em carreira, o sentimento é também de insegurança e acomodação, relatando que diversos dos seus alunos “já vem com uma crença pré-estabelecida de que aquele é o limite dela e uma aceitação muitas vezes pelo mediano”.
Além disso, subir de cargo ficou mais difícil, diz a especialista.
“Nos últimos anos, as empresas passaram por vários processos de horizontalização, tornando as empresas bem mais enxutas quantos aos níveis e bem mais achatadas no organograma”.