No Acre, mulher está grávida de gêmeas siamesas que dividem um só coração

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O casal de agricultores Alice Fernandes Brito Silva, de 18 anos e Adriano Silva Fernandes, de 22 anos, dividiu a alegria de saber que vão ser pais com o susto de descobrir que a gravidez é de gêmeas siamesas, que estão ligadas pelo tórax e compartilham um só coração, além de outros órgãos.


Alice e Adriano são do município de Brasiléia, moradores do seringal Santa Luzia, colocação Natal, com acesso no km 84 da BR-317 (Estrada do Pacífico), no sentido a Assis Brasil. Diante da situação rara, eles estão vivendo um drama inesperado para o qual estão sem uma solução até o momento.


Alice contou ao ac24horas que após engravidar realizou o primeiro exame de ultrassonografia, que indicou que ela esperava apenas uma criança. Um novo exame mostrou que ela estava esperando as duas meninas, mas o médico que realizou o procedimento não explicou a condição rara da gravidez.


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“Na primeira ultrassom que fiz, com um mês, o médico falou que era só um bebê. Depois fiz outro na Unilab, em Brasiléia, quando descobri que eram dois bebês, duas meninas, mas o médico não me disse que elas estavam emendadas. Ele viu tudinho, mas não falou nada. Na semana seguinte, fui com o doutor Jean [Alécio], que foi quem nos informou da situação”, explicou.


Encaminhada pelo médico para Rio Branco, onde foi hospitalizada na maternidade Bárbara Heliodora e realizou novos exames, que comprovaram a situação identificada anteriormente, Alice foi informada de que seria encaminhada para São Paulo via TFD – Tratamento Fora do Domicílio. Contudo, até o momento, ela segue em Rio Branco.


“Dei entrada, tudinho, no TFD. Fui lá, levei os papéis, o encaminhamento, e lá tá como urgência, pois aqui não tem como eu ter as nenéns e elas terem o tratamento correto. Estou preocupada, pois meu caso é de urgência e até agora não me chamaram. Já tô com 31 semanas de gravidez.


Segundo as informações que ela diz ter recebido dos médicos, esse estágio da gestação já não permite que ela viaje para fora do estado por conta dos riscos envolvidos. “Nós estamos nessa guerra, lutando para ver se a gente consegue uma solução, já que descobrimos tarde que elas são siamesas”, diz a jovem.


Depois de sair da maternidade, Alice diz que passou a fazer consultas de acompanhamento pré-natal na Policlínica, para onde foi encaminhada. Outra informação que Alice diz ter recebido dos médicos é de que se não entrar em trabalho de parto até a 34ª semana, por conta das condições de sua gestação, as gêmeas deverão ser retiradas cirurgicamente.


A reportagem entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da Sesacre, que devolveu pedido para que a informação sobre o assunto seja atualizada nesta quinta-feira, 18. No entanto, foi esclarecido que a secretaria está se esforçando para buscar uma vaga fora do estado em unidade adequada para a situação de Alice, o que ainda não foi possível por conta do alto grau de complexidade que o caso dela requer.


 


 


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