Dólar vai a R$ 5,07 e fecha em nova máxima; Ibovespa recua

O dólar renovou a máxima de 2024 e o Ibovespa teve queda firme nesta quarta-feira (10), com a reação negativa dos investidores após dados da inflação mais altos do que o esperado nos Estados Unidos elevaram o pessimismo sobre o espaço que o Federal Reserve (Fed) terá para cortar juros este ano.


A divisa norte-americana fechou a sessão com avanço de 1,44%, negociada a R$ 5,078 na venda, no maior patamar desde outubro do ano passado. Em abril, a moeda acumula elevação de 1,26%.


No início da sessão o dólar à vista chegou a oscilar no território negativo, com investidores à espera da divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA. Às 9h01, a moeda norte-americana marcou a mínima de R$ 4,997 (-0,18%).


O clima de cautela levou o Ibovespa para baixo, fechando o dia com perda de 1,41%, aos 128.053 pontos, em linha com fortes quedas registradas em Wall Street.


O clima negativo foi amenizado pelo avanço das ações da Petrobras, com repercussão positiva dos investidores após a estatal anunciar a segunda descoberta de petróleo na Margem Equatorial neste ano. Os papéis preferenciais (PETR4) ganharam 2,22%, enquanto os ordinários (PETR3) subiram 3,02%.


Os preços ao consumidor nos Estados Unidos aumentaram mais do que o esperado em março, mostraram dados desta manhã, em meio a aumentos nos custos da gasolina e de moradia, lançando mais dúvidas sobre a possibilidade de o Federal Reserve começar a cortar a taxa de juros em junho.


O índice de preços ao consumidor aumentou 0,4% no mês passado, depois de avançar pela mesma margem em fevereiro, informou o Departamento do Trabalho nesta quarta-feira. Nos 12 meses até março, o índice aumentou 3,5%. Economistas consultados pela Reuters previam que o índice subiria 0,3% no mês e 3,4% na base anual.


Quanto menos o Federal Reserve cortar os juros este ano, melhor para o dólar, que se torna mais atraente para investidores estrangeiros quando os rendimentos oferecidos pelo mercado norte-americano –já interessante por ser extremamente seguro– ficam mais altos.


IPCA surpreende positivamente

No Brasil, a inflação desacelerou com força em março e atingiu o nível mais fraco em oito meses, com a taxa em 12 meses indo abaixo de 4% pela primeira vez desde julho do ano passado.


O índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,16% em março, depois de uma alta de 0,83% em fevereiro, ficando abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,25% no mês e marcando o resultado mensal mais fraco desde julho de 2023.


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