O dólar fechou com baixa nesta segunda-feira (22), dando continuação ao movimento de ajustes de preços da sexta-feira após a forte alta recente no Brasil, enquanto no exterior a moeda norte-americana subia ante boa parte das demais divisas.
A divisa americana ensaiou retomar a alta pela manhã, ao atingir a máxima do dia, mas perdeu força no restante do pregão, marcado também por ganhos na bolsa brasileira e queda das taxas curtas dos DIs.
Durante a tarde o dólar ampliou as perdas perante o real, renovando mínimas até o fechamento. O dia relativamente positivo para o câmbio no Brasil deixou em segundo plano comentários do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre o mercado.
Qual a cotação do dólar hoje?
O dólar comercial à vista fechou com queda 0,59%, cotado a R$ 5,168 na compra e a R$ 5,169 na venda. Às 17h32, o dólar futuro caia 0,71%, aos 5.173 pontos. Dólar turismo caiu 0,45%, a R$ 5,389.
Dólar comercial
- •Venda: R$ 5,169
- •Compra: R$ 5,168
- •Máxima: R$ 5,218
- •Mínima: R$ 5,168
Dólar turismo
- •Venda: R$ 5,389
- •Compra: R$ 5,209
O que está acontecendo com dólar?
A queda do dólar frente ao real não acompanha movimento global da moeda norte-americana, que subiu ligeiramente frente a uma cesta de moedas fortes, com investidores à espera dos dados do índice de inflação PCE, o preferido do Federal Reserve, na sexta-feira. Após números de preços ao consumidor deste mês, os mercados adiaram apostas num primeiro corte de juros pelo Fed para setembro.
O mercado também aguarda números do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA referentes ao primeiro trimestre, a serem divulgados na quinta.
Enquanto isso, no Brasil, a Petrobras publicou na noite de sexta-feira um fato relevante em que afirmou que seu conselho de administração “entendeu, por maioria”, como satisfatórios os esclarecimentos da diretoria financeira da empresa de que a distribuição de dividendos extraordinários de até 50% do lucro líquido de 2023 não comprometeria a sustentabilidade da empresa.
Essa notícia “contraria reportagens de sexta-feira que auxiliaram bastante a queda do real, de que a Petrobras pagaria o valor integral desses dividendos extraordinários”, disse Leonel Oliveira Mattos, analista de inteligência de mercados da StoneX.
“Essa mudança de perspectiva a respeito dos dividendos extraordinários da Petrobras de 100% para 50% pode ter um efeito negativo sobre a atração de investimentos externos.”
Na sexta-feira, havia circulado na mídia notícias de que tudo caminhava para que a assembleia geral ordinária de acionistas da estatal decidisse pelo pagamento de 100% dos dividendos extraordinários referentes ao exercício de 2023.