Desabrigados que tiveram bens furtados no Parque aguardam resposta sobre restituição

Foto: abrigo no Parque de Exposições Wildy Viana I Whidy Melo/ac24horas

No período da cheia do Rio Acre onde milhares de pessoas ficaram abrigados no Parque de Exposições Wildy Viana, conforme a Defesa Civil de Rio Branco, foram registradas 21 ocorrências policiais. Parte delas, envolvem furto de móveis, eletrodomésticos e outros objetos.


De forma inédita, foram registrados furtos de objetos guardados sob tutela da organização do Parque. Por conta disso, moradores vítimas dos furtos confeccionaram boletins de ocorrência para denunciar a perda dos objetos, na intenção de ter ressarcimento de seus bens.


Em um dos boletins de ocorrência a qual o ac24horas teve acesso, Jucineide da Silva Freitas estava no BOX 770 e denunciou o furto de fogão, botija de gás, panelas e máquina de lavar roupa de dentro das dependências do abrigo. “Nós tivemos nossos objetos furtados da frente da Coordenação da Defesa Civil, onde haviam três seguranças particulares. Não está sendo fácil voltar pra casa sem ter onde fazer a comida dos meus filhos. Já corri atrás de vários setores da prefeitura e não tive êxito em ter resposta. Fico de um lado pro outro, como marionete. Saí da minha casa pra não perder minhas coisas e acabei perdendo no abrigo”, disse Jucineide.


O tenente-coronel Cláudio Falcão, coordenador da Defesa Civil, disse que está ciente das ocorrências de furto registradas dentro do Parque, mas uma resposta depende de uma análise que está sendo feita pelo jurídico da Prefeitura de Rio Branco para definir como a gestão irá responder pelas denúncias. “Encaminhamos o assunto para a Casa Civil da Prefeitura de Rio Branco, que aguarda o posicionamento da Procuradoria do Município de Rio Branco, que deve nos dar a base jurídica para reparar essas pessoas”, afirma Falcão.


Falcão pontua, no entanto, que as vítimas do furto devem comprovar as divergências entre os itens relacionados na entrada do abrigo para os itens relacionados na saída do Parque. “Nós temos um inventário feito no momento da chegada do abrigo, pela Secretaria de Assistência Social. Se algo estiver registrado e no termo de entrega [devolução] ele não aparece, aí realmente é de responsabilidade nossa. Às vezes pode acontecer de a pessoa não poder fazer essa comprovação, com termo de recebimento e termo de entrega”, esclareceu o coordenador.


Cláudio Falcão enalteceu ainda que além de objetos furtados dos abrigados, foram registrados também furtos de equipamentos disponibilizados na estrutura do Parque. Entre eles fios, tomadas, interruptores, lâmpadas, pias e tanques.


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