A Defesa Civil de Rio Branco prevê uma seca severa que pode levar ao desabastecimento de água, tanto na zona rural quanto urbana da cidade. O nível do Rio Acre foi registrado em 4,33 metros na manhã desta quarta-feira, 3, uma redução significativa em comparação com o mesmo período do ano passado, quando o manancial marcava pouco mais de 17 metros.
O coordenador de Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, indicou que a seca deste ano está se antecipando, começando já em abril, ao invés do habitual período de maio a junho. “Nós estamos prevendo uma grande seca, bastante severa para o ano de 2024, onde agora, no início de abril, a seca já está se antecipando. Normalmente, temos seca a partir de maio para junho, mas este ano já começa em abril”, comentou.
Devido à “emergência climática”, que intensifica fenômenos como secas e inundações, a Defesa Civil está se antecipando com a operação de carros-pipa. Falcão destacou que no ano anterior, a cota do rio era muito mais elevada, e que a baixa atual já está afetando a navegação dos ribeirinhos e a produção agrícola devido à falta de chuvas. Além disso, as altas temperaturas e a baixa umidade relativa do ar podem levar a grandes queimadas, agravando a poluição do ar.
“No ano passado, estávamos com uma cota muito mais elevada do que a atual e, no meio de setembro, chegamos a 1,37 m. Temos a questão dos ribeirinhos que não têm mais navegação quando o rio está muito baixo, inclusive agora, agora, temos perda de produção porque não há chuva. Temos também a questão das temperaturas elevadas, a baixa umidade relativa do ar, que pode ser combinada com grandes queimadas, poluindo bastante o ar e trazendo essas consequências”.
A Defesa Civil está preparando um plano de ação contra as queimadas, além de organizar a distribuição de água via carros-pipa para mitigar os efeitos da seca iminente. “Por isso, a Defesa Civil já prepara a operação com carros-pipa, ao mesmo tempo, que elabora o plano contra as queimadas”, declarou.