O conselho de administração da Petrobras aprovou no início da tarde desta quinta-feira (25) a distribuição de 50% do total de dividendos extraordinários da estatal, referentes a 2023.
A estatal teve o segundo maior lucro de sua história no ano passado, com R$ 124,6 bilhões, o que permitiria o pagamento de dividendos extraordinários da ordem de 43,9 bilhões de reais, caso 100% do montante fosse pago.
A decisão pelo pagamento de 50% do total foi tomada após série de polêmicas, que colocaram em lados opostos integrantes do conselho indicados pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente-executivo da estatal, Jean Paul Prates, que chegou a ficar ameaçado de demissão.
Inicialmente, em reunião em março, o conselho havia decidido reter 100% dos dividendos extras possíveis em uma reserva estatutária, manifestando preocupações com a capacidade de investimento da empresa.
A aprovação dos 50% dos dividendos possíveis atende a recomendação da diretoria executiva da Petrobras, que desde o início defendeu este percentual.
O valor remanescente do montante possível para dividendo extraordinário deverá ser enviado para a reserva estatutária.
A aprovação nesta quinta-feira ocorreu, ainda, após o presidente-executivo da Petrobras passar por um processo de “fritura”, que poderia ter levado à sua demissão.
Entretanto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu manter Prates no cargo e o governo terminou por acatar a proposta da diretoria.
Na semana passada, a Petrobras informou que seu conselho “entendeu, por maioria”, como satisfatórios os esclarecimentos da diretoria financeira da empresa de que a distribuição de dividendos extraordinários de até 50% do lucro líquido de 2023 não comprometeria a sustentabilidade da empresa.