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Câmeras filmam homem colocando insumos em suposto carro de servidora

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Uma segunda sindicância instaurada pela Secretaria de Educação do Acre – SEE na escola Jornalista Armando Nogueira, em Rio Branco, pode esclarecer o motivo da falta de alimentação escolar para alunos e funcionários, mesmo após reforço no abastecimento, e ainda tirar da ex-diretora do colégio, Ada Cristina, o peso de responder administrativamente por, supostamente, causar a falta de alimentos.


Imagens recebidas pelo ac24horas na manhã desta terça-feira, 16, que estão anexadas a um procedimento administrativo interno da SEE, mostram o momento em que um Corsa prata, que seria da servidora Sheila Nascimento Pereira e um Ford Ka preto, que seria do coordenador administrativo da escola Delcivan Menezes do Nascimento, aparecem estacionados no pátio da escola. Um homem aparece empurrando um carrinho de carga com sacos de alimentos de merenda escolar e depositando dentro do carro prata.


Salima Pereira de Souza, serviços gerais na escola e uma das arroladas no processo de apuração da SEE, disse que não cometeu nenhum furto e que jamais furtaria alimentos de tão baixa qualidade. “Eu não tenho necessidade de desviar merenda sem qualidade, tenho meu salário e compro feira todo mês em mercearia e tenho como comprovar. Eu tinha acesso à dispensa porque gosto de ajudar e facilitar as coisas. Eu, Sheila e Delcivan somos pessoas de confiança”, afirmou.


Delcivan Menezes disse que os alimentos vistos sendo retirados da escola eram para descarte e com autorização da equipe de nutrição da SEE, diante de más condições. “Quando tinha alimento com problema, a equipe de nutrição laudava e nos autorizava a levar para descarte. Nós, então, pegávamos aquele alimento e levávamos pro aterro. Estou tentando encontrar todas as documentações, se não encontrar vou pedir as segundas via para a Secretaria, mas tudo foi feito com laudo e autorização da SEE. Realmente, a Ada não tinha ciência disso porque não é da função dela, é da minha”, afirmou.


Sheila Nascimento Pereira não atendeu às ligações e não retornou contato da reportagem.


Ada Cristina, que responde por compartilhamento da merenda de alunos com funcionários da escola, disse que é a maior interessada no esclarecimento do procedimento que apura a conduta de outros funcionários. “Esse resultado me interessa, porque se estava acontecendo alguma irregularidade é de meu interesse saber. Os três funcionários envolvidos receberam os documentos da instauração na sexta-feira (12), fui chamada como testemunha, disse que não tinha conhecimento. Na sindicância, tem no depoimento deles que eu não tenho ciência de nada, então não estou envolvida e o resultado desta sindicância poderia contribuir para provar minha inocência na minha sindicância, de provar que se estava faltando alguma coisa não era porque eu estava servindo comida aos funcionários e sim porque alguém estava retirando [alimentos] de lá”, disse.


 


Veja o vídeo:


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