Ageac ainda não credencia novas empresas apesar de decisão judicial contra monopólio no transporte intermunicipal

Apesar das suspeitas de monopólio levantadas pelo Ministério Público do Acre e de uma decisão judicial que obriga a Agência Estadual Reguladora de Serviços Públicos do Estado do Acre (Ageac) a registrar novas empresas de transporte coletivo intermunicipal, o órgão ainda não efetuou o credenciamento para operar nos trechos Rio Branco/Assis Brasil e Rio Branco/Cruzeiro do Sul.


A ação civil pública que resultou na decisão judicial surgiu após o pedido de tutela de emergência feito pelo MP, com o objetivo de quebrar o monopólio das rotas detido pela empresa Transacreana Ltda.


A Transacreana tem sido alvo de reclamações recorrentes por parte dos passageiros, incluindo relatos de diversos incidentes. No último deles, na semana passada, um ônibus da empresa teve um princípio na BR-364 no trecho entre os municípios de Tarauacá e Feijó após um dos pneus estourar. Felizmente, não houuve feridos.


Recentemente, o presidente da Agência Reguladora dos Serviços Públicos do Estado do Acre (Ageac), Luís Almir Brandão, esteve na Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac) na semana passada e foi acusado pelo deputado Pedro Longo (PDT), que é base do governo, em relação às denúncias de monopólio no transporte intermunicipal no Acre; na ocasião, Longo afirmou que o gestor estaria se comportando como advogado de uma empresa.


Enquanto isso, a empresa Marlim que obteve na justiça o direito de operar a linha para Cruzeiro do Sul, ainda aguarda o credenciamento pela Ageac. Quando questionado pela reportagem do ac24horas nesta segunda-feira, 1°, o órgão não deu explicações para o não credenciamento e limitou-se a informar que não comentaria o caso no momento.


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