A adolescente Ana Caroline Borges, de 17 anos, é definida pelos pais como uma menina esperta e brincalhona, que adora bichos e é apaixonada pela natureza. A jovem que sonha em ser psicóloga e viajar pelo mundo, porém, enfrenta um desafio após a descoberta de um câncer na tíbia que já causou a perda da perna direita.
A família da jovem iniciou uma campanha nas redes sociais para arrecadar R$ 180 mil para a compra de uma prótese articulada para ‘Carol’, como ela é conhecida pela família.
Ao g1, Reinaldo de Albuquerque Borges, 46 anos, pai dela conta que o drama da família começou há aproximadamente um ano quando Ana Caroline começou a reclamar de dores constantes na perna. Após um exame de ressonância magnética apontar algo estranho os resultados foram encaminhados para um médico em Porto Velho que identificou o problema.
A jovem foi diagnosticada com osteossarcoma, um tumor maligno ósseo mais frequente na infância e adolescência, e geralmente associado com dor localizada, como também alterações ósseas.
No primeiro momento, a jovem passou por uma cirurgia e teve de colocar uma prótese sem amputação da perna, porém aconteceram ela teve complicações após o procedimento.
“Tinha dado tudo certo, mas aconteceu que no dia seguinte a retirada dos pontos, ela foi se levantar da cama, esqueceu que a perna estava ‘cirurgiada’ [sic], só que como a perna estava sem forças, quando ela ficou de pé com as duas pernas, ela se ajoelhou, caiu de joelhos no chão e aí houve uma ruptura da cirurgia”, explica o pai.
Amputação
A adolescente teve uma exposição da prótese e a contaminação do aparelho e após a recolocação no lugar, mesmo com a tentativa dos médicos, a família recebeu a notícia de que o caso seria de amputação. Esse momento extremamente difícil, fez com que a família esgotasse todas as possibilidades de tratamentos alternativos.
“Nós gastamos muito dinheiro. Todas as clínicas, aquela clínicas boas aqui em Porto Velho, fazíamos o tratamento dessa clínica, era muito alto o custo. Pra você ter uma ideia, em três semanas, nós gastamos 14 mil reais pra tentar salvar a perna dela, com clínicas de ozônio, com antibióticos e tudo. Todo mundo passava uma ideia de que: ‘não, ela não vai perder a perna, vai curar, vai curar’. Vendendo uma ilusão pra gente. Já os médicos do hospital sabiam que a única solução era a amputação, porque não podiam mais tirar a prótese contaminada e colocar outra”, esclarece o funcionário público.
Após muita resistência da adolescente em perder uma das pernas, ela começou a pesquisar sobre o assunto e ver as próteses que poderiam ser mais funcionais para a sua rotina.
“Depois de muito lutar, que ela viu que não tava dando jeito a cicatrização, nós resolvemos pela amputação. A única condição dela foi: ‘Pai, eu não quero essas próteses que não dão uma boa movimentação, eu quero uma prótese boa para fazer minhas coisas’. Então ela começou a pesquisar sobre as próteses, e aí ela achou umas próteses, só que a prótese era um valor absurdo, então mandei ela pesquisar uma mais barata, e ela achou uma mais barata e ainda assim para nossas condições ela é muito cara, uma prótese, pelas configurações dela, ela é R$ 180 mil”, explica o pai.