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Não é só a Miss Acre: por que o Miss Mundo não aceita mães candidatas?

O Miss Mundo, maior concurso de beleza do planeta em número de participantes, terá sua final neste sábado (9) e o Brasil tenta quebrar o jejum de 53 anos sem vitória. Diferentemente do Miss Universo desde 2023, essa competição não aceita candidatas mães. Uma das justificativas seria a dificuldade da mãe cumprir sua agenda exaustiva de miss em viagens internacionais.


Há um mês, a brasileira Carla Cristina, vencedora do Miss Acre CNB 2023, viralizou nas redes sociais com seu desabafo após descobrir que não poderia competir na etapa brasileira do Miss Mundo por ser mãe, o que descumpriria regras.


Ela diz que está tentando superar o ocorrido e acredita no potencial da brasileira na Índia: “Foi muito difícil lidar com tudo o que aconteceu, ainda dói. Mas estou tentando superar. Não estou acompanhando [o Miss Mundo], mas vi alguns vídeos da Letícia, uma ótima miss, linda e tem muito potencial”.


 


Por que o Miss Mundo não aceita mães?


 


A principal motivação é a agenda da vencedora: “A Julia Morley [presidente do Miss Mundo] deu uma explicação que vem dando há anos, muito interessante e um ponto de vista a ser respeitado. A Miss Mundo viaja. Eles fizeram um cálculo que dos 365 dias do ano, 270 a vencedora está viajando com eles pelo mundo. Ajudando crianças, ajudando causas”, explica Henrique Fontes, diretor do Miss Mundo no Brasil.


Outra questão seria o afastamento da mãe de seus filhos. A regra é mantida, pois, de acordo com comunicado do Miss Brasil Mundo, não seria justo afastar uma mãe de uma criança pequena durante pelo menos um ano, seguindo o pensamento da Julia Morley, que é CBE (Comandante do Império Britânico), título que ganhou da Rainha Elizabeth 2ª por seu trabalho filantrópico.


Justificativa: “Na visão [de Julia], que sentido faria uma jovem trabalhar incansavelmente para ajudar a crianças de todo mundo, quando seus próprios filhos deixam de ter a presença materna quando mais precisam?”, diz publicação do CNB (Concurso Nacional de Beleza), responsável pelo Miss Brasil Mundo.


Muita gente pode argumentar que a mulher poderia ter chance de escolha, talvez. Mas a chance de escolha da dona do concurso que é mãe de cinco filhos é que na percepção dela a criança pequena precisa ter a mãe presente. ‘Ah, mas as mulheres hoje são CEO, políticas, influentes, trabalham’. Trabalham e à noite voltam para casa ou viajam e depois de alguns dias, voltam. Não é igual passar um ano fora de casa. Essa é a percepção dela. _Henrique Fontes


 


Regra pode mudar?


 


Existe a chance. Segundo o CNB, em todas as edições do concurso internacional é realizada votação com a possibilidade de mudança da regra em reunião que a presidente do Miss Mundo faz com os diretores nacionais: “A vasta maioria, até a última votação, concordou com o argumento de Julia Morley e escolheu manter a regra”.


“O CNB segue as regras dos concursos que representa, independente de opiniões pessoais dos seus diretores. Todas as opiniões daqueles que acompanham o concurso são igualmente respeitadas, desde que expressadas com respeito”, informaram após o caso da Miss Acre.


É preciso tempo para mudanças: “Acredito que as inovações e mudanças nos concursos de beleza levam um tempo em qualquer franquia. […] E essa é uma pergunta polêmica [da proibição de mães no Miss Mundo], é um assunto complicado. Não sou contra a participação de mães”, declara Beatrice Fontoura, 33, semifinalista no Miss Mundo 2016.


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