Governo vê “lobby forte demais” e já dá reoneração da folha como perdida, dizem fontes

Se depender do clima nos bastidores do governo federal, a reoneração da folha de pagamentos dificilmente sairá do papel. Pessoas próximas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disseram à CNN que as conversas internas a respeito do tema já consideram que houve um “lobby forte demais” e que a insistência na volta da cobrança de impostos para 17 setores gerou muito desgaste para a articulação política.


Essa percepção permeou conversas relatadas por duas fontes com trânsito no Palácio do Planalto. A tendência, segundo os mesmos interlocutores, é insistir na negociação para tentar estabelecer um prazo para o fim do benefício.


No fim do mês passado, após intensa pressão do Congresso, o governo aceitou retirar a medida provisória que previa a volta da cobrança de impostos sobre a contratação de funcionários e substituiu a proposta por um projeto de lei. “Haddad sempre soube que não conseguiria acabar com a desoneração.


O lobby é forte demais”, disse um interlocutor do ministro. “O que se espera agora é negociar um prazo, um limite. Vai ser difícil conseguir algo além disso”, emendou.


Mas Haddad, ainda segundo pessoas próximas, não desistiu de cortar o Perse, programa de incentivo ao setor de eventos criado durante a pandemia da Covid 19. O assunto é o principal tema da reunião convocada para esta manhã entre o ministro da Fazenda, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e líderes partidários.


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