Governador Gladson Cameli defende desburocratização e políticas sustentáveis para o desenvolvimento regional em seminário internacional

Foto: Pedro Devani/Secom

Durante a abertura do Seminário Internacional: a Política de Fronteira e a Bioeconomia na Amazônia Legal, em Manaus (AM), nesta quinta-feira, 21, o governador Gladson Cameli agradeceu o apoio que recebeu do governo federal e do presidente Lula nas cheias dos rios e igarapés do estado, no início do mês, e destacou a importância da desburocratização e combate às desigualdades para o processo de inovação e desenvolvimento de base sustentável.


Gladson Cameli agradeceu o apoio que recebeu do governo federal e destacou a importância da desburocratização e combate às desigualdades. Foto: Pedro Devani/Secom

“A Amazônia é nossa, e precisamos estar unidos pelo seu desenvolvimento, pelo fortalecimento da segurança das suas fronteiras e por uma economia sustentável, mas não temos como fazer isso sem uma política de desburocratização efetiva e voltada para a realidade da nossa região”, disse Cameli.


De acordo com o governador acreano, os governadores da região estão unidos por meio do consórcio regional. A Amazônia, que tem 13% da população do país, tem um protagonismo que o mundo está de olho, mas o brasileiro do Sul precisa conhecer melhor a região Norte.
“E um dos nossos entraves é a burocracia. E digo isso porque temos lugares diferentes com o mesmo problema. E não posso falar em sustentabilidade se não tiver condições de um investidor chegar até nós”, frisou.


Cameli destacou que os governadores estão unidos por meio do consócio regional. Foto: Pedro Devani/Secom

Outro enfoque dado por Cameli durante o seminário foi o fato de que os governos da região não são concorrentes entre si. “Pelo contrário. O que precisamos é desburocratizar, mas sem descuidar da pauta ambiental. As questões climáticas são reais e só não vê quem não quer”, disse.


Na avaliação de Cameli, as questões ideológicas não podem estar acima do Estado de Direito e, para isso, é preciso gerar emprego sem impacto pelo desmatamento, trabalhar sem agredir o meio ambiente.


“Vamos cuidar do que é nosso, das nossas fronteiras e dos direitos do nosso povo. Assim, a bioeconomia deixa de ser um projeto e passa a ser real no Acre e em toda a Amazônia”, destaca Cameli, lembrando que, de sua parte, vai seguir fazendo o trabalho como governador, cuidando das pessoas, pois “o Brasil não começar no Sul e no Sudeste. Começa no Norte”.


Ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Wladez Goes foi um dos coordenadores do Seminário. Foto: Pedro Devani/Secom

O seminário foi coordenado pelo ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Wladez Goes, e pelo superintendente adjunto executivo da Suframa, Frederico Aguiar.


Participaram ainda do evento o governador Wilson Lima, a reitora substituta do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (Ifam), Maria Francisca Morais de Lima; a presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado Amazonas (Fetagri AM), Edjane Rodrigues, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Antônio Carlos; o diretor-geral do Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), Marcio de Miranda Santos; a diretora executiva da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), Vanessa Grazziotin; o secretário executivo do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal (CAL), Marcello Brito; e a diretora da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, Karen Oliveira.


Entenda o Seminário

O seminário internacional Desenvolve Amazônia: a Política de Fronteira e a Bioeconomia na Amazônia Legal tem por objetivo promover o Programa Fronteira Integrada (PFI) e divulgar a Estratégia Nacional de Bioeconomia e Desenvolvimento Regional Sustentável – Programa BioRegio, como ferramenta de desenvolvimento sustentável e inovador para a faixa de fronteira, com ênfase na Amazônia Legal. Ambos os programas se encontram sob responsabilidade do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e são instrumentos da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR).


O evento busca contribuir para o debate e a formação de parcerias para o desenvolvimento econômico e social no território da faixa de fronteira Amazônica, por meio da cooperação entre os estados brasileiros, países fronteiriços e instituições multilaterais como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a OTCA e o Banco Mundial, visando à identificação de oportunidades no segmento da bioeconomia amazônica que resultem em atração de investimento, crescimento econômico, inovação, geração de ocupação e renda, mediante planos, programas e projetos de desenvolvimento regional sustentável que beneficiem as populações amazônicas localizadas nas regiões de fronteira.


Evento busca identificar oportunidades no segmento da bioeconomia amazônica. Foto: Pedro Devani/Secom

A Bioeconomia é um setor estratégico para alavancar o investimento e a inovação na Faixa de Fronteira. Ela representa o conjunto de atividades econômicas baseadas na biodiversidade, que promovem soluções inovadoras no uso de recursos naturais e visam à transição para um padrão de desenvolvimento sustentável voltado para o bem-estar da sociedade e a conservação produtiva do meio ambiente, com destaque para o contexto da Amazônia Legal.


As ações de incentivo ao desenvolvimento econômico e social no território da faixa de fronteira, lideradas pelo MIDR e parceiros, mantêm foco em setores dinâmicos de fronteira tecnológica, tais como a Bioeconomia, as Tecnologias de Informação e Conectividade (TICs) e a Economia Circular, compreendendo o atendimento aos requisitos essenciais para o desenvolvimento de cadeias produtivas e atração de investimentos, de modo a transformar os recursos naturais da Bioeconomia em produtos inovadores de alto valor agregado.


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