O técnico do Real Madrid, Carlo Ancelotti, está satisfeito com a temporada de sua equipe, que lidera LALIGA e se prepara para receber o RB Leipzig com uma vantagem de 1 a 0 no jogo de volta das oitavas de final da Champions League. O italiano, porém, disse que seu trabalho ainda envolve muito sofrimento.
Em entrevista nesta terça-feira (5), o técnico de 64 anos refletiu sobre o fardo pessoal de ser técnico do Real Madrid e a luta para lidar com o desafio mental em um ambiente tão competitivo.
“Meu trabalho tem mais a ver com sofrimento do que com felicidade”, disse Ancelotti, contemplativo. “Adoro meu trabalho, ainda mais no Real Madrid, porque é o clube perfeito no mundo para fazer o que eu faço. Mas em relação ao meu trabalho como um todo, trata-se mais de sofrimento por causa das situações que você administra diariamente.”
“Não é só a vitória que faz você feliz e, apesar da vitória, há pessoas ao seu redor que não estão felizes. Pode ser um jogador que não está jogando… Isso tem um impacto na felicidade geral”, acrescentou.
“O sofrimento é algo que só você pode ter. Você pode compartilhar a felicidade com os outros, mas não pode fazer isso com o sofrimento. Portanto, estou bem por causa de onde estou e do trabalho que tenho, mas tenho mais sofrimento do que felicidade” – Carlo Ancelotti
Pouco mais de dois meses depois de prorrogar seu contrato com o Real Madrid até 2026, após meses de incertezas sobre seu futuro, com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) dizendo que o queria como técnico, o Real de Ancelotti lidera LALIGA com apenas uma derrota em 27 jogos.
Invicto na Champions ao retomar sua tentativa de conquistar o 15º título europeu, Ancelotti disse que está entusiasmado com a situação de sua equipe, apesar das lesões de jogadores importantes como o goleiro Thibaut Courtois e os defensores David Alaba e Éder Militão, mas acrescentou que de nada valerá se não encerrarem a temporada em alta.
“Temos que perseguir o sonho de vencer esta competição [Champions League]. Até agora temos nos saído bem, mas ainda faltam dois ou três meses”, afirmou Ancelotti.