O Congresso Nacional aprovou no final do ano passado um valor recorde para emendas parlamentares no Orçamento de 2024.
As emendas compõem um montante reservado no Orçamento da União para ser aplicado conforme a indicação dos parlamentares. É o instrumento utilizado por deputados e senadores para enviar recursos para suas bases eleitorais.
Em 2023, o valor total das emendas ficou em R$ 37,3 bilhões, com alta frente ao patamar aprovado no Orçamento de 2022, de R$ 28,9 bilhões.
Para o Orçamento de 2024, o governo propôs R$ 37,6 bilhões para as emendas parlamentares, mas o valor subiu para R$ 53 bilhões durante a tramitação do texto no Congresso, o que provocou reação por parte do Executivo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu vetar parte desse valor na sanção do projeto. As chamadas emendas de comissão (leia mais abaixo) sofreram um corte de R$ 5,6 bilhões.
Com isso, o montante reservado para este tipo de emenda caiu de R$ 16,6 bilhões para R$ R$ 11 bilhões.
O veto provocou descontentamento no Congresso, que já articula derrubar a decisão do presidente. Esse tema vai dominar o início do ano do Legislativo, marcado para esta segunda-feira (5).
Para evitar uma derrota, o governo afirmou que pretende recompor o valor vetado. Em recente entrevista, Lula disse que terá “o maior prazer” de explicar aos líderes por que barrou parte dos recursos previstos.