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Valor para se construir no estado do Acre sobe mais que a média brasileira e chega a R$ 1.888,46

Em janeiro deste ano, chegou a R$ 1.888,46 o custo por metro quadrado para se construir no Acre. Esse valor só perde para o do Rio de Janeiro (R$ 1.893,15) e de Santa Catarina (R$ 1.985,70).


Trata-se do Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado nesta segunda semana de fevereiro pelo IBGE, o qual, ao nível nacional, apresentou variação de 0,19% em janeiro — uma queda de 0,07 ponto percentual (p.p.) em relação a dezembro de 2023 (0,26%. Essa variação é menor que a do Acre (0,68%) no mesmo período.


Ou seja: além do custo entre os mais altos do País, os valores para se construir no Acre sobem mais que a média brasileira.


Com esse resultado, o índice nacional começou o ano com uma variação 0,12 p.p. menor do que o registrado em janeiro de 2023, de 0,31%. O acumulado nos últimos 12 meses foi de 2,43%.


“É a menor variação para janeiro para a série histórica que considera a desoneração da folha de pagamento do segmento da construção civil, iniciada em julho de 2013”, explica o gerente do Sinapi, Augusto Oliveira. O custo nacional da construção, por metro quadrado, foi de R$ 1.725,52, sendo R$ 1.003,26 relativos aos materiais e R$ 722,26 à mão de obra.


A parcela da mão de obra teve variação de 0,27%. “Impulsionada pelo reajuste do salário-mínimo nacional para 2024, que impacta diretamente nos salários das categorias de profissionais que possuem pisos salariais inferiores ao novo valor vigente”, explica Augusto. Apesar disso, o valor ficou próximo ao de dezembro de 2023 (0,24%). Com relação a janeiro de 2023, o resultado demonstra queda de 0,54 ponto percentual (0,81%).


Já a parcela dos materiais apresentou variação de 0,14%, iniciando o ano com queda de 0,13 p.p. em relação a dezembro do ano anterior, quando registrou 0,27%. Na comparação com o índice de janeiro de 2023 (-0,03%), houve aumento de 0,17 ponto percentual.


Com o resultado, o acumulado dos últimos 12 meses ficou em 0,23% na parcela dos materiais e 5,65% na parcela da mão de obra.


A Região Norte, com alta em todos os Estados, ficou com a maior variação regional em janeiro, de 0,60%.


Destaque para Tocantins, com alta de 0,95% impulsionado por aumento em ambas as parcelas. Logo em seguida, vem o Nordeste (0,49%), Sul (0,07%) e Centro-Oeste (0,01%). O Sudeste foi a única região com variação negativa, de 0,04%.


O Sinapi, uma produção conjunta do IBGE e da Caixa, tem por objetivo a produção de séries mensais de custos e dias para o setor habitacional, e de séries mensais de salários medianos de mão de obra e preços medianos de materiais, máquinas e equipamentos e serviços da construção para os setores de saneamento básico, infraestrutura e habitação.


As estatísticas do Sinapi são fundamentais na programação de investimentos, sobretudo para o setor público. Os preços e custos auxiliam na elaboração, análise e avaliação de orçamentos, enquanto os índices possibilitam a atualização dos valores das despesas nos contratos e orçamentos.


Consulte os dados do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil no Sidra. A próxima divulgação do Sinapi, referente ao mês de fevereiro, será no dia 12 de março de 2024.


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