Apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) fazem um ato neste domingo (25) na Avenida Paulista em defesa do ex-presidente, investigado pela Polícia Federal por uma tentativa de golpe de Estado para mantê-lo no poder e evitar a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Bolsonaro chegou à Paulista de carro junto com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Também participam do ato a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, os governadores de Minas Gerais Romeu Zema (Novo), de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), além de parlamentares aliados e do pastor Silas Malafaia.
Por volta de 16h, o ato ocupava seis quarteirões e meio. A Polícia Militar mobilizou 2 mil homens para fazer a segurança na Paulista.
O ex-presidente deve discursar em um carro de som estacionado perto do Museu de Arte de São Paulo (Masp).
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, alvo de operação da PF na investigação sobre a tentativa de golpe e preso em flagrante no dia 8 por estar com uma arma irregular e com uma pepita de ouro, discursou mais cedo no carro de som e disse que, graças aos eleitores de Bolsonaro, o PL se tornou o “maior partido do Brasil”.
Devido às investigações, Bolsonaro e Valdemar não podem manter contato, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).
Michelle fez um discurso de motivação religiosa.
Tarcísio de Freitas agradece Bolsonaro e o chama de amigo
Ex-ministro de Bolsonaro e eleito governador de SP com o apoio dele, Tarcísio de Freitas agradeceu o ex-presidente, a quem chamou de amigo.
“Eu não vou chamar nem de presidente agora, vou chamar de Bolsonaro, meu amigo Bolsonaro. Você não é mais um CPF, você não é mais uma pessoa, você representa um movimento”, afirmou.
Tarcísio também fez elogios ao governo de Bolsonaro e disse que o público “estava com saudade de vestir o verde e amarelo.”
Bolsonaro está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Foram duas condenações:
- a primeira pelos ataques sem provas ao sistema eleitoral durante reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada em julho de 2022;
- A segunda, por abuso de poder político e econômico durante as celebrações dos 200 anos da independência.
Camisetas amarelas
Os apoiadores do ex-presidente chegaram ao local nas primeiras horas da manhã, com bandeiras do Brasil e camisetas amarelas.
Alguns portavam bandeiras de Israel. Na última semana, o governo de Benjamin Netanyahu foi criticado por Lula, que chamou de genocídio a morte de palestinos em Gaza e comparou as ações do Exército israelense ao extermínio de judeus por nazistas no Holocausto. Em resposta, Israel declarou Lula “persona non grata”, o que significa que sua presença não é bem-vinda.
Alguns apoiadores levaram cartazes contrários ao comunismo e com lemas em defesa da pátria e da família.