Economistas passaram a prever um déficit primário e uma dívida bruta menores neste ano, embora tenham elevado a projeção de rombo para 2025, mostrou nesta segunda-feira (15) o relatório Prisma Fiscal, compilado pelo Ministério da Fazenda.
O boletim de janeiro mostrou expectativa mediana de que o Brasil registre em 2024 saldo negativo de R$ 86,143 bilhões, contra expectativa de rombo de R$ 90 bilhões no relatório anterior.
Para o ano que vem, no entanto, houve uma revisão na estimativa de déficit a R$ 82,76 bilhões, contra R$ 78,15 bilhões esperados anteriormente.
Além disso, o mercado reduziu suas projeções para a dívida bruta do governo geral a 78,1% do PIB neste ano e a 80,1% no próximo, mostrou o Prisma.
Em dezembro, a expectativa era de endividamentos de 78,8% e de 81,2%, respectivamente.
No que diz respeito à arrecadação das receitas federais – considerada crucial pelos mercados para que o governo consiga atingir as metas previstas no novo marco fiscal – a visão mediana no Prisma passou a embutir uma projeção de R$ 2,533 trilhões neste ano, abaixo dos R$ 2,534 trilhões previstos no boletim anterior.
Por outro lado, para 2025, a expectativa de arrecadação subiu marginalmente a R$ 2,689 trilhões, de R$ 2,683 trilhões antes.
Para 2024, foi prevista receita líquida (descontados os repasses a Estados e municípios) de R$ 2,083 trilhões, acima dos R$ 2,077 trilhões do último Prisma. Para 2025, a expectativa também melhorou a R$ 2,214 trilhões, de R$ 2,211 trilhões antes.