Educação acreana totaliza 100% das escolas urbanas estaduais com acesso à internet

Foto: Marcos Vicentti/Secom


 


Dados levantados pelo Departamento de Tecnologias Educacionais e da Informação (Detei) da Secretaria de Educação, Cultura e Esportes (SEE), apontam que todas as 184 escolas urbanas estaduais dos 22 municípios do Acre já possuem acesso à internet.


Para garantir o acesso à conectividade dos alunos, o governo do Acre atua em conjunto com o Ministério da Educação (MEC) realizando ações que fazem parte da Estratégia Nacional de Educação Conectada (Enec).


Uma delas é o Programa Banda Larga na Escola (PBLE), o qual repassa diretamente às instituições de ensino um valor correspondente à quantidade de alunos matriculados. No Acre, 363 escolas estaduais recebem recursos para a contratação de banda larga pelo programa.


Tais investimentos para a educação contam com a participação dos governos estadual e federal, trabalhando juntos em prol do futuro próspero de jovens acreanos. Foto: Marcos Vicentti/Secom

Outro é o programa de inovação Educação Conectada, o qual acontece por meio de link terrestre, via satélite indígena, via satélite rural, e via wi-fi. Ele objetiva apoiar a universalização do acesso à internet de alta velocidade e fomentar o uso de tecnologia digital na Educação Básica.


Além de laboratórios de informática, outras escolas da rede estadual também contam com laboratórios de ciência e química, visando melhor aprendizado prático. Foto: Marcos Vicentti/Secom

Aperfeiçoamento

Tais investimentos federais e estaduais beneficiam alunos como João Felipe Moura, estudante de 17 anos da escola de ensino médio integral Glória Perez, em Rio Branco. O jovem conta que utiliza a internet em seu tempo livre para complementar o estudo oferecido dentro da escola.


Com maior afinidade em matemática, João Felipe busca ingressar na faculdade para cursar direito. Foto: Pedro Devani/Secom

“Eu procuro acessar a internet para assistir videoaulas para me ajudar a compreender e dominar os conteúdos que tenho maior dificuldade”, aponta o aluno ao destacar a importância do acesso para a sua educação.


Além de tablets para uso individual, os alunos da escola têm a possibilidade de acessar um laboratório de informática. Foto: Pedro Devani/Secom

Outro aspecto importante para o desenvolvimento da educação no Acre é a distribuição de kits escolares para alunos do ensino médio, modificando a forma como o aprendizado é recebido e transmitido. Nos referidos kits, o principal item vislumbrado pelos jovens são os tablets, possibilitando o acesso a aplicativos e a páginas educacionais, facilitando uma maior aderência do conteúdo escolar.


Além dos tablets, o governo entrega aos estudantes, chips de internet garantindo o acesso pleno a aplicativos e acesso a páginas educacionais. Foto: Mardilson Gomes/SEE

Ensino renovado

Tal progresso é acompanhado e fortalecido pelos mestres da rede estadual, sendo uma delas Natália Keully de Lima, professora de Língua Portuguesa e Estudo Orientado na mesma escola.


Além de português, a professora também leciona Estudo Orientado, um componente de ensino o qual busca desenvolver o intelecto e uma melhor condução dos estudos. Foto: Pedro Devani/Secom

Ela julga o uso da tecnologia como de suma importância e corrobora com o estudante: “Muitos alunos não têm contato com dispositivos eletrônicos, tendo os tablets como o único meio de estudo. Como professores, temos que nos adaptar e desenvolver o melhor uso dentro da escola, promovendo um ensino interessante e motivador”.


Durante o uso nos laboratórios, os alunos são orientados para o melhor aproveitamento. Foto: Pedro Devani/Secom

Tendo a tecnologia como aliada, a professora relata usar alguns artifícios em suas aulas, como a leitura compartilhada, produção de slides, materiais extras e questionários. “Tendo em vista o avanço e a integração da tecnologia em nossas vidas, buscamos integrar o uso da informática em minhas aulas, de maneira consciente e útil”, relata Natália.


Acesso para todos

O governo do Acre, por meio da Secretaria de Educação, está realizando um levantamento de preços dos serviços de internet via satélite para a construção de um processo licitatório, visando futuramente proporcionar conexão às escolas de difícil acesso, como no caso das escolas indígenas.


O chefe da Detei, Fábio Moreira, explica a dificuldade de conseguir sinal de internet nessas regiões: “As que ainda não foram contempladas com esse benefício são escolas de difícil acesso, em sua maioria escolas indígenas, as quais só conseguiriam por meio de tecnologia de satélite, devido à ausência de provedores convencionais em suas regiões”.


Apenas as escolas situadas em locais de difícil acesso não possuem conexão com a internet, por dificuldades de conectividade. Foto: Mardilson Gomes/SEE

O titular da SEE, Aberson Carvalho, trata a temática com importância, principalmente quando se trata da conectividade de municípios afastados da capital. Tendo consciência da dificuldade e importância de melhor equipar as escolas que ainda não têm esse acesso.


Gestor estadual demonstra preocupação para melhor equipar as escolas rurais e indígenas, buscando garantir igualdade para os alunos acreanos. Foto: Marcos Vicentti/Secom

“Ainda temos escolas sem cobertura e isso acontece por conta do nosso contexto geográfico. De 630 escolas, 380 são unidades que se encontram em comunidades isoladas”, aponta o gestor estadual.


Atual cenário

O avanço significativo na conectividade das escolas urbanas estaduais do Acre é um passo importante para a promoção da educação conectada no estado. O investimento conjunto da esfera estadual e federal tem proporcionado oportunidades de aprendizado inovadoras.


No entanto, o desafio persiste para algumas escolas remotas, especialmente as indígenas, que ainda carecem de acesso à internet. A busca contínua por soluções, incluindo a exploração da tecnologia via satélite, reflete o compromisso em alcançar a universalização do acesso educacional de qualidade em todos os cantos do Acre.


O caminho para uma educação mais conectada e inclusiva está em constante evolução, com esforços persistentes para superar barreiras geográficas e garantir que nenhum aluno seja deixado para trás.


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