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PF vê abuso de poder econômico de Google e Telegram contra PL das Fake News

Polícia Federal concluiu que a atuação do Google e o Telegram Brasil contra o chamado projeto de Lei das Fake News configurou “abuso de poder econômico, manipulação de informações e possíveis violações contra a ordem consumerista”.


A PF encerrou as investigações que foram pedidas pela Procuradoria-Geral da República (PGR). A PGR foi acionada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), com uma notícia-crime afirmando que as duas empresas realizavam “contundente e abusiva” ação contra a aprovação do projeto.


À época, a Câmara afirmou à PGR que as empresas atuam para resguardar interesses econômicos e “têm lançado mão de toda sorte de artifícios em uma sórdida campanha de desinformação, manipulação e intimidação, aproveitando-se de sua posição hegemônica no mercado”.


“A tentativa de influenciar os usuários a coagirem os parlamentares e a sobrecarga nos serviços de TI da Câmara dos Deputados evidenciam o impacto negativo dessas práticas nas atividades legislativas. O intento das empresas, aproveitando-se de suas posições privilegiadas, é incutir nos consumidores a falsa ideia de que o projeto de lei é prejudicial ao Brasil, um ato que pode estar em descompasso com os valores consagrados na Constituição de 1988”, afirmou a PF.


 


‘Abuso de poder econômico’

 


Os investigadores afirmaram ainda que as ações das empresas “parecem configurar crimes contra a ordem consumerista, promovendo publicidade enganosa e abusiva”.


Para o delegado Fabio Fajngolde, “atuação das empresas Google Brasil e Telegram Brasil não apenas questiona éticas comerciais, mas demonstram abuso de poder econômico, manipulação de informações e possíveis violações contra a ordem consumerista”.


A Google afirmou à PF que “nunca conduziu uma campanha difamatória em relação ao mencionado projeto de lei” e que não se opõe à criação de legislações destinadas a regulamentar os serviços oferecidos pelos provedores de aplicações de internet.


Nos esclarecimentos enviados à PF, o Telegram afirmou que ocorreu a “publicação de um texto meramente opinativo, buscando esclarecer pontos que percebia como controversos no mencionado projeto de lei”, sendo que acreditava que o “texto era lícito, legítimo e alinhado ao direito de expressão de opinião e ao dever de informação”.


Agora, a PGR vai analisar as conclusões da PF e decidir os próximos passos, que podem inclusive ser a realização de novas ações de investigação. Não há prazo para isso.


O que diz o projeto

 


O Projeto de Lei das Fake News foi aprovado no Senado em 2020 e é discutido desde então na Câmara dos Deputados.


O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) é o relator do projeto de lei das Fake News na Câmara — Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) é o relator do projeto de lei das Fake News na Câmara — Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

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