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Dono da Rota do Boi é acusado de não pagar fornecedores

Duas marcas conhecidas do setor pecuário acreano entraram com pedido de recuperação judicial na Comarca de Senador Guiomard no final do ano passado. Conforme o processo na justiça, a Leilo Marca Leilões Rurais LTDA e o Frigorota LTDA, que tem a rede de carnes “Rota do Boi” como filiais, entraram com um pedido de recuperação judicial.


Apesar de declararem que as lojas da rede comercializam, aproximadamente, 530 cabeças de gado por mês, as empresas alegam que passam por dificuldade financeiras, pontuando as seguintes razões: cenário externo brasileiro ou o ciclo pecuário, redução do consumo de carne bovina no Brasil, dificuldades dos pequenos frigoríficos para manutenção de suas atividades, concorrência do mercado local, a utilização reduzida da capacidade de produção instalada do frigorífico, mão de obra desqualificada, principalmente para o comércio varejista e as perdas no setor de açougue.


No último dia 12 de dezembro, o juiz da Comarca de Senador Guiomard, Afonso Braña Muniz, deferiu o pedido de recuperação judicial e nomeou como administrador judicial Sérgio Rony da Silva. Além disso, o magistrado deu um prazo improrrogável de 60 dias para a apresentação de um plano de recuperação judicial.


Durante o período de recuperação judicial, o juiz determinou a dispensa de apresentação de certidões negativas para que o devedor exerça suas atividades, exceto para contratação com o Poder Público ou para recebimento de benefícios ou incentivos fiscais ou creditórios, e ainda determina a suspensão de todas as ações ou execuções contra as duas empresas.


Empresa enfrenta na Justiça cobrança de milhões de bancos

A Leilo Marca aparece sendo cobrada na justiça em processos movidos por bancos. Em um deles, a Sicoob Credilsul, cooperativa de crédito e investimento do Sudoeste da Amazônia LTDA, afirma que um empréstimo não foi pago e cobra mais de R$ 1,7 milhões e pede a penhora de um imóvel localizado na capital acreana como garantia para receber o valor devido.


Rota do Boi é acusada por página de rede social de não pagar fornecedores

A empresa Rota do Boi, rede de açougues de Rio Branco, foi acusado por uma página na internet, especializada em investigação de golpes, de não pagar fornecedores de alguns municípios do estado.


O responsável pela página, com mais de 13 mil seguidores, Juninho Portugal, diz que foi contratado por dois clientes, sem mencionar o nome, e afirma que a empresa não fez o pagamento de clientes de municípios como Xapuri, Epitaciolândia, Rio Branco, Senador Guiomard e Brasileia.


A acusação é a de que quem fornece gado não estaria recebendo da empresa. “Eu fui contratado por dois clientes, aprofundei as investigações e descobri que tem mais de 30 pessoas que foram enganadas por essa empresa. Se você fazer negócio com eles, pagamento à vista para não ter problema”, afirma.


ac24horas procurou o empresário Ennyelson Moraes, que aparece como um dos proprietários da Leilo Marca e do Frigorota. Ele disse que o caso estava sendo conduzido pelo advogado da empresa.


A reportagem procurou então o advogado Everton Frota, negou as acusações e disse que estão sendo tomadas medidas judiciais. “Já tenho conhecimento do que foi veiculado, as acusações são inverídicas e já estão sendo tomadas as medidas judiciais para em face dos responsáveis pelo conteúdo inverissímil. O pedido de recuperação judicial já foi deferido pela justiça. No caso da Rota do Boi não deve, não há ninguém, pagamento sempre à vista, comercialização sempre à vista, não é há nenhum pecuarista e nenhum banco para receber da Rota do Boi”, declarou.


 


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