A Confederação Israelita do Brasil (Conib) decidiu pedir a abertura de um inquérito policial por racismo e medidas cautelares contra o ex-deputado José Genoino, que pediu um “boicote” a empresas de judeus em uma live na internet no sábado (20).
Segundo a entidade, a decisão foi tomada “para que ele seja impedido de fazer isso de novo, pois representa um risco à comunidade judaica e também caracteriza outro crime, que é incitação ao crime”.
Durante uma live nas redes sociais no sábado (20), o ex-presidente nacional do PT criticou o abaixo-assinado feito por empresários contra apoio do Brasil à investigação de Israel por genocídio. Genoíno sugeriu boicote a empresas comandadas por judeus.
“Essa ideia da rejeição, essa ideia do boicote por motivos políticos, que fere o interesse econômico, é uma forma interessante. Inclusive ter esse boicote a determinadas empresas de judeus”, disse Genoíno.
O petista afirmou ainda que o país deveria deixar de fazer negócios com o governo israelense. “Há por exemplo boicote a empresas vinculadas ao estado de Israel. Inclusive eu acho que o Brasil deveria cortar as relações comerciais na área da segurança e na área militar com o estado de Israel”, declarou durante a live.
Nesta segunda-feira (22), José Genoíno informou à CNN em que manifesta “repúdio” à nota da Confederação Israelita do Brasil, que não é e nunca foi antissemita. “Repudio, também, qualquer tipo de preconceito contra o povo judeu e defendo a existência de dois Estados. Temos a obrigação de denunciar o genocídio do governo de Israel contra o povo palestino. Tenho defendido, incansavelmente, o cessar-fogo, a paz entre os povos e a solidariedade ao povo palestino.”, conclui o petista.