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Rio Branco tem cerca de 20 mil pessoas em áreas com risco de desabamento em meio a chuvas

Com início das chuvas regulares neste mês de dezembro, é chegado o período do inverno amazônico. Até março, o acreano deve conviver com chuva na maioria dos dias. Além da preocupação com a enchente, milhares de moradores de Rio Branco têm outro temor. Quem vive em área de risco, sabe que esta é a época mais preocupante do ano.


Prova disso é que mal começaram as chuvas e já se tem registros de casas cedendo e deslizamentos de terras na capital acreana, como a residência que desabou nessa terça-feira, 12, e deixou mãe e três filhos ao relento.


Conforme dados da Defesa Civil, não é pequena a quantidade de pessoas que vivem em áreas de risco. Estima-se que cerca de 5 mil famílias, um aproximado de 20 mil pessoas, estejam nesta situação em Rio Branco.


São muitos os bairros que possuem áreas de risco, principalmente Ayrton Senna, Baixada da Habitasa, 6 de Agosto, Bairro do 15, Cadeia Velha, Bairro da Paz, Conquista, Vila Ivonete e Baixa da Colina.


O coordenador da Defesa Civil na capital acreana, Cláudio Falcão, fala sobre os cuidados no momento de construir uma casa. “A orientação é não se expor aos riscos, não construir em locais inseguros, às margens de igarapés, córregos, em locais alagadiços e de solo instável”, explica.


Para quem já mora em áreas de risco, e não há para onde ir, a orientação é ficar atento. “Se já mora em um lugar assim, é ficar muito atento aos sinais de perigo como solo rachando, deslizamento de terra, árvores e postes ficando inclinados, portas e janelas com dificuldade de abrir e fechar podem indicar movimentação de massa nesses locais”, esclarece Falcão.


As áreas de risco estão condenadas para serem espaços de construção de moradias. No entanto, as pessoas que moram nesses bairros precisam ir para algum lugar seguro. A prefeitura diz que aposta em seu programa de habitação para amenizar o problema. Uma das apostas é o Programa 1.001 Dignidades, que promete a entrega de mais de mil casas em maio do próximo ano. A própria Defesa Civil é quem tem feito o mapeamento e apontado as famílias que estão em áreas de risco mais sensíveis.


“Temos não só o 1.001 Dignidades, como também o Minha Dignidade e um outro programa com a Caixa Econômica. Nossa meta é retirar 1,5 mil famílias dessas áreas”, esclarece Cláudio Falcão.


O governo do estado também assinou nessa terça (12) autorizações de licitações para a construção de 1.542 unidades habitacionais, o que pode ajudar a diminuir o número de famílias morando em áreas de risco na capital acreana.


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