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Irã nega acusação dos Estados Unidos de que atacou navio-tanque perto da Índia

O Irã negou, nesta segunda-feira (25), uma acusação dos Estados Unidos de que um drone lançado do Irã teria atingido um navio-tanque químico no oceano Índico, próximo à Índia.


O Pentágono disse que o navio Chem Pluto, de bandeira da Libéria, de propriedade japonesa e operado pela Holanda, foi atingido a 200 milhas náuticas (370 km) da costa indiana.


“Essas acusações repetitivas são rejeitadas como infundadas”, destacou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanaani, em briefing.


Ele acrescentou que os EUA deveriam, em vez disso, enfrentar acusações pelo seu papel na guerra de Israel na Faixa de Gaza.


A Marinha iraniana recebeu mísseis de cruzeiro com alcance de mil quilômetros, bem como helicópteros de reconhecimento, informou a mídia estatal no domingo (24), em meio a ataques crescentes às rotas marítimas após o ataque do Hamas em 7 de outubro a Israel e o subsequente bombardeamento de Gaza pelo Exército Israelense.


Ataque a navio perto da Índia

Departamento de Defesa dos EUA informou o ataque ao navio próximo à Índia, por um drone, no sábado (23). O drone de ataque de única direção é projetado para impactar seu alvo em vez de retornar à sua origem. “Não houve vítimas e um incêndio a bordo do navio foi extinto”, disse comunicado.


“Nenhuma embarcação da Marinha dos EUA estava nas proximidades”, indicou. A guarda costeira da Índia disse que havia 21 membros da tripulação no momento do ataque. No entanto, acrescentou que não foram relatadas vítimas.


A guarda costeira disse que enviou um navio de patrulha e uma aeronave de vigilância marítima após estabelecer comunicação com o navio.


Após a avaliação de danos e reparos em seus sistemas de geração de energia, o MV Chem Pluto começou a se dirigir para Mumbai, escoltado pelo navio de patrulha, informou a guarda costeira.


O navio partiu da Arábia Saudita em 19 de dezembro e tinha previsão de chegada à cidade portuária de Mangalore, no sudoeste da Índia, em 25 de dezembro.


O ataque no Oceano Índico ocorre enquanto os rebeldes houthis apoiados pelo Irã no Iêmen lançaram mais de 100 ataques contra cerca de uma dúzia de navios comerciais e mercantes que transitam pelo Mar Vermelho nas últimas quatro semanas, como relatado anteriormente pela CNN.


Embora haja ataques recorrentes originários do Iêmen, o ataque de sábado no Oceano Índico envolvendo um drone que os EUA afirmam ter originado do Irã pode marcar uma nova escalada nas tensões.


Os EUA divulgaram na sexta-feira informações recém-desclassificadas que sugerem que o Irã esteve “profundamente envolvido no planejamento das operações contra navios comerciais no Mar Vermelho”, disse Adrienne Watson, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, à CNN.


As novas informações desclassificadas sugerem que “o apoio iraniano ao longo da crise em Gaza permitiu aos houthis lançar ataques contra Israel e alvos marítimos, embora o Irã muitas vezes tenha transferido a autoridade de tomada de decisões operacionais para os houthis”, disse Watson.


Os EUA lançaram esta semana a Operação Prosperity Guardian, uma coalizão marítima destinada a reforçar a segurança no sul do Mar Vermelho. Mais de 20 nações aderiram à iniciativa até agora, informou o Pentágono na quinta-feira.”


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