Guiana acionará Conselho de Segurança após Maduro avançar em plano de anexação

O presidente da Guiana, Irfaan Ali, disse que vai acionar, ainda nesta quarta-feira (06), o Conselho de Segurança da ONU e a Corte Internacional de Justiça contra a Venezuela.


Mais cedo, o líder venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou a criação da zona de defesa integral da Guiana Essequiba e nomeou um general como “única autoridade” da área.


Ali já conversou com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, à medida que a tensão na fronteira aumenta.


“A Guiana reportará este assunto no início da manhã. Escreveremos ao Conselho de Segurança da ONU e ao Tribunal”, disse Ali durante um comunicado a todo país.


O líder da Guiana disse ainda que “a Força de Defesa da Guiana está em alerta máximo. A Venezuela declarou-se claramente uma nação fora da lei.”


Ali acusou o vizinho de atentar contra a integridade territorial e a estabilidade política do país.


Maduro passou a reivindicar o território, de mais de 160 mil metros quadrados, depois que a Guiana descobriu petróleo e gás offshore. Desde então, o país mostrou um crescimento econômico significativo. Segundo o especialista em Relações Internacionais, Felippe Ramos, só em 2022, a economia da Guiana cresceu 60%.


A região, que produz atualmente cerca de 400 mil barris por dia de petróleo e gás, recebeu este ano propostas de empresas para licitações internacionais.


O presidente Ali enviou uma mensagem aos investidores: “Nossa mensagem é muito clara: seus investimentos estão seguros”.


Corte Internacional de Justiça:

Antes do referendo, a Corte Internacional de Justiça decidiu que a Venezuela se abstenha de tomar qualquer tipo de ação que possa alterar a situação do território de Essequiba.


Os juízes deixaram claro que qualquer ação concreta para alterar o status da região deve ser interrompida.


“O tribunal observa que a situação que atualmente prevalece no território em disputa é que a Guiana administra e exerce controle sobre essa área”, disse o juiz Joan Donoghue. “A Venezuela deve se abster de tomar qualquer ação que modifique essa situação”, acrescentou.


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