Senado aprovou nesta quarta programa para reduzir filas do INSS; proposta vai à sanção

Senado aprovou nesta quarta-feira (1º) o projeto que cria o Programa de Enfrentamento à Fila da Previdência Social (PEFPS).


O texto, apresentado pelo governo federal, estabelece medidas para reduzir filas em processos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A proposta, que já foi analisada pela Câmara, segue para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).


Entre as medidas criadas pelo programa, estão:


  • •o pagamento de bônus para servidores que trabalharem fora do horário do expediente
  • •a permissão do uso de telemedicina para as perícias

 


As regras já estão em funcionamento desde julho, quando o governo editou medida provisória sobre o programa. Com a proximidade do prazo de encerramento de validade da MP, previsto para o próximo dia 14, o Planalto decidiu apresentar um projeto de lei com o mesmo conteúdo.


Segundo a proposta, o programa terá uma duração inicial de nove meses, podendo ser prorrogado por mais três, e vale para:


  • •processos administrativos com análise acima de 45 dias
  • •serviços médicos periciais com prazo judicial expirado, agendamento acima de 30 dias ou realizados em unidades sem oferta regular de atendimento
  • •exames periciais de servidores públicos federais em casos de licença para tratamento de saúde ou por motivo de doença de familiar ou dependente

Telemedicina

 


O projeto também permite a utilização da telemedicina em exames periciais.


Segundo a proposta, o Ministério da Previdência Social fica autorizado a usar a telemedicina na perícia médica federal “em municípios com difícil provimento de médicos peritos e/ou tempo de espera elevado”.


A lista deverá ser definida pela pasta.


Reajuste salarial no DF

 


A proposta aprovada também autoriza o reajuste salarial de 18% a bombeiros e policiais civis e militares do Distrito Federal.


De acordo com o projeto, a recomposição salarial das forças de segurança do DF será feita em duas parcelas:


  • •1ª: 9% de reajuste, paga quando o governo editou medida provisória
  • •2ª: 9% de reajuste, em janeiro de 2024

 


O reajuste, acordado entre o governo federal e o governo do DF, será pago com recursos do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF).


Além da recomposição salarial nas forças de segurança do DF, o projeto também autoriza reajuste para:


  • •quadros em extinção de policiais e bombeiros militares do Amapá, de Rondônia e de Roraima — extintos territórios federais;
  • •quadros do antigo Distrito Federal, com pagamento em parcela única.

 


Outros projetos

 


Os senadores também aprovaram nesta quarta-feira (1º) outros dois projetos. O primeiro estende aos filhos o benefício da pensão especial concedida às pessoas com hanseníase submetidas compulsoriamente a isolamento ou internação até 1986.


No caso da análise documental das perícias médicas, o serviço pode ser feito não apenas em dias não úteis, como previa o governo, mas também em dias úteis após o expediente.


O bônus pago a servidores que trabalhem fora do horário de serviço será pago de acordo com uma tabela que correlaciona processos ou serviços concluídos:


  • R$ 68 são pagos no caso de redução da fila do INSS
  • R$ 75 são pagos por redução da perícia médica federal

 


Ainda de acordo com o texto, o governo terá que aceitar, excepcionalmente, atestados médicos e odontológicos pendentes de avaliação para fins de concessão de licença para tratamento da própria saúde ou por motivo de doença em pessoa da família, dispensando a perícia oficial.


De acordo com o texto, o benefício será vitalício “e intransferível aos filhos que foram separados dos genitores em razão do isolamento e da internação destes”. O projeto vai à sanção.


O segundo projeto trata do aumento de vagas no Superior Tribunal Militar (STM) e das Auditorias da Justiça Militar da União. O PL vai à sanção.


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