O dólar fechou a sessão desta quarta-feira (1º) em queda, após o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) anunciar que manteve os juros básicos dos Estados Unidos inalterados. Investidores também seguiam em compasso de espera pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que deve ser divulgada após o fechamento dos mercados.
Nesta véspera de feriado, o mercado também monitorou dados de trabalho e do setor manufatureiro do Estados Unidos, além de seguir atento aos desdobramentos da guerra no Oriente Médio. Eventuais sinais sobre o quadro fiscal brasileiro também ficaram no radar.
Já o Ibovespa encerrou com um avanço de 1,69%, aos 115.053 pontos.
Na véspera, o índice havia fechado com um avanço de 0,54%, aos 113.144 pontos. Com o resultado de hoje, passou a acumular altas de:
- •1,55% na semana;
- •1,69% no mês;
- •4,85% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
O principal destaque desta sessão fica com a “Super quarta” — como é chamado o dia em que tanto o Fed quanto o BC brasileiro divulgam suas decisões de juros.
Por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne para decidir qual será o patamar de juros nos próximos 45 dias. Segundo especialistas entrevistados pelo g1, a expectativa é que o BC faça um novo corte de 0,50 ponto percentual (p.p.) na Selic, levando a taxa a 12,25% ao ano.
Se confirmado, esse será o terceiro corte seguido da taxa básica — que cairá ao menor patamar desde maio de 2022, quando estava em 11,75% ao ano.
A XP, por exemplo, avaliou, em comunicado, que os dados recentes sobre inflação e atividade continuam a sugerir espaço para redução de juros.
A instituição projetou corte para 12,25% ao ano, mas acrescentou que, em sua visão, uma aceleração no ritmo de corte é cada vez menos provável “em linha com a elevação nos juros americanos e riscos fiscais [nas contas públicas] persistentes no quadro doméstico”.
A projeção do mercado financeiro é que a taxa de juros tenha uma nova queda em dezembro deste ano e termine 2023 em 11,75% ao ano. Para 2024, a estimativa é de que a taxa Selic feche o ano em 9,25% ao ano.