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Dívida pública cresce 1,58% em outubro e atinge R$ 6,1 trilhões, diz Tesouro Nacional

O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) cresceu R$ 96,13 bilhões (1,58%) e fechou o mês de outubro em R$ 6,1 trilhões, segundo dados do Tesouro Nacional publicados nesta quarta-feira (29).


De acordo com o documento do Tesouro, a variação ocorreu em especial pelo grande volume de resgate líquido de títulos emitidos, a variação ocorreu pela emissão líquida de R$ 45,47 bilhões e a apropriação de juros de R$ 50,66 bilhões.


A DPF é a emissão de títulos públicos pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal — que arrecada menos do que gasta.


No total, em outubro foram emitidos R$ 72,71 bilhões, enquanto os resgates alcançaram R$ 27,24 bilhões.


A Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) teve seu estoque ampliado em 1,60%, passando de R$ 5.834,08 bilhões para R$ 5.927,67 bilhões, devido à emissão líquida no valor de R$ 46,12 bilhões, e pela apropriação positiva de juros, no valor de R$ 47,47 bilhões.


Com relação ao estoque da DPFe, houve variação positiva de 1,05% sobre o estoque apurado em setembro, encerrando o mês de outubro em R$ 244,32 bilhões (US$ 48,31 bilhões), sendo R$ 205,45 bilhões (US$ 40,62 bilhões) referentes à dívida mobiliária e R$ 38,87 bilhões (US$ 7,69 bilhões) relativos à dívida contratual.


Segundo o Tesouro, as instituições financeiras são as principais detentoras de títulos da dívida pública, com 28,3% de participação, seguidos por Fundos (23,5%) e Previdência (23,3%). Em outubro também aumentou o número de investidores estrangeiros, elevando o estoque em R$ 23,2 bilhões.


Quanto ao vencimento da DPF, o Tesouro registrou o aumento da participação dos vencimentos em até 12 meses, para 20,81% e redução do prazo médio da DPF para 4,09 anos em outubro.


A reserva de liquidez apresentou aumento, em termos nominais, de 0,65%, passando de R$ 810,31 bilhões, em setembro, para R$ 815,60 bilhões, em outubro. O índice de liquidez corresponde a 8,70 meses em outubro.


Tesouro Direto

As vendas de títulos do Tesouro Direto em outubro ficaram em R$ 3,33 bilhões e os resgates totalizaram R$ 2,67 bilhões, com emissão líquida de R$ 0,66 bilhão em outubro. As operações até R$ 5 mil corresponderam a 84,33% em outubro.


Títulos sustentáveis

O coordenador de operações da dívida pública do Tesouro Nacional, Helio Miranda, ressaltou o sucesso da primeira emissão de títulos verdes no mercado internacional. Os primeiros papéis foram emitidos em 13 de novembro e alcançaram cerca de U$S 2 bilhões.


De acordo com Miranda, foi um marco para a emissão de títulos de dívida brasileiros e também criou a referência para esse tipo de papel.


“Também tivemos uma ótima diversificação da base de investidores, e distribuição regional na Europa, América do Norte e uma expressiva participação da América latina. Houve também investidores via gestoras de ativos. Mostrou o grande apetite dos investidores para esses títulos brasileiros e essa modalidade de ativos. Cumpriu bem o objetivo que é criar uma referência de taxas para emissão desses títulos no Brasil. Estamos muito orgulhosos desse marco”, disse em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (29).


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