Um grupo de pesquisadores do Colégio de Aplicação (CAP), da Ufac, realizou coleta de dados na chamada cachoeira do Abraão, em Porto Acre (AC), para identificar mudanças socioambientais no local e estudar seu potencial turístico. A atividade ocorreu na quinta-feira, 12, e contou com parceria do Laboratório de Pesquisas Arqueológicas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e da Prefeitura de Porto Acre.
A expedição foi organizada pelo professor Reginâmio Lima, com a participação dos professores Elizabete Cavalcante, Arivaldo Oliveira, Regineison Lima e Jonatas Cavalcante, que são integrantes do Grupo de Estudos Socioculturais da Amazônia e Sobre Terras e Gentes, ligados ao CAP.
Reginâmio Lima informou que, em 12 de outubro, a régua de monitoramento do rio Acre em Rio Branco estava com marcação de 1,54 metros; em Porto Acre estava com 3,03 metros. Já no canal do rio, nas proximidades da cachoeira, a profundidade média mensurada foi de 6,10 metros a um raio de aproximadamente 60 metros, com poço central de cerca de 8,50 metros de profundidade por cerca de 15 metros de diâmetro.
Para Elizabete Cavalcante a região passa por um período de verão que diminui a quantidade de água. “Há uma drástica redução do volume de águas, deixando os leitos dos rios mais secos”, disse. “Esses dados precisam ser levados em consideração para garantir a segurança das pessoas que visitam a localidade.”
Arivaldo Oliveira destacou que, do ponto de vista socioeconômico e cultural, a localidade pode se tornar uma nova alternativa de lazer e turismo no Estado. “Principalmente durante o período de estiagem ou veraneio amazônico, desde que sejam controlados os índices de contaminação e de poluição das águas do rio Acre.”
A equipe de pesquisadores acredita que a cachoeira será intermitente e mantém contato com o secretário municipal de Indústria, Comércio, Meio Ambiente e Turismo de Porto Acre, Raimundo Pessoa, para abertura de diálogo sobre a possibilidade de utilização da área como ponto turístico que propicie lazer com segurança para moradores e turistas que visitem a localidade.
Com informações da assessoria da Universidade Federal do Acre.