Uma chuva de foguetes lançados da Faixa de Gaza cruzou o céu de Ashkelon, em Israel, no domingo (8). Os conflitos entre o Hamas, classificado pelos Estados Unidos e pela União Europeia como grupo terrorista, e as forças israelenses chegaram, nesta segunda-feira (9), ao terceiro dia.
No sábado (7), os combatentes do Hamas fizeram ataques violentos de surpresas a cidades de Israel. Essa foi a incursão mais mortal desde os ataques do Egito e da Síria na guerra do Yom Kippur, há 50 anos.
Israel atacou o território palestino da Faixa de Gaza no domingo (8), matando centenas de pessoas em retaliação a um dos ataques mais sangrentos de sua história.
Os ataques aéreos de Israel atingiram blocos habitacionais, túneis, uma mesquita e casas de responsáveis do Hamas em Gaza, matando mais de 400 pessoas, incluindo 20 crianças. A contraofensiva foi resultado do “pedido de vingança” feito pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Israel retoma áreas ao redor de Gaza
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), almirante Daniel Hagari, declarou, na manhã desta segunda-feira (9), que as tropas israelenses retomaram o controle de todas as comunidades ao redor da Faixa de Gaza. Segundo ele, não há mais combates entre as FDI e o Hamas.
Na cidade de Gaza, um campo de refugiados palestinos foi atingido por ataques aéreos de Israel nesta segunda-feira (9).
“Eles nos atingiram sem qualquer aviso. Era um [avião] F-16. Não houve aviso, nada. E você pode ver a destruição, veja por si mesmo”, disse à Reuters um homem não identificado no campo de refugiados de Shati.
Dezenas de milhares de pessoas foram deslocadas em Gaza enquanto a FDI continua a atacar as posições do Hamas na faixa, segundo a Agência de Assistência e Obras das Nações Unidas (UNRWA, na sigla em inglês) no domingo.
Quase 74 mil pessoas estão agora em 64 abrigos da UNRWA, afirma a declaração da agência.
“As escolas e outras infraestruturas civis, incluindo aquelas que abrigam famílias deslocadas, nunca devem ser atacadas”, criticou a UNRWA.