Mesmo após decisão da Polícia Civil de não indiciar Bruno de Luca por omissão de socorro no acidente envolvendo Kayky Brito, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro enviou à Justiça pedido de autuação de Bruno com base no artigo 135 do Código Penal Brasileiro.
O acidente aconteceu na madrugada de 02 de setembro, na Barra da Tijuca, zona Oeste do Rio, quando o motorista de aplicativo Diones Coelho da Silva atropelou Kayky, que atravessou de repente a avenida e foi atingido pelo carro. No momento do atropelamento, Bruno de Luca estava em um quiosque próximo do ocorrido e, ao ver o amigo acidentado, não prestou socorro. A CNN tenta contato com Bruno de Luca e aguarda retorno.
No documento enviado pelo MP ao juiz, o promotor Marcio Almeida Ribeiro da Silva afirma que Bruno de Luca foi o único que teria saído do local logo após o atropelamento, sem adotar qualquer providência para prestar socorro, nem mesmo saber que algum socorro ou solicitação havia sido feita, até porque relata que sequer sabia quem teria sido a vítima do atropelamento, nem mesmo como retornou para sua residência.
“Conclusão lógica e óbvia é que o referido senhor Bruno não se importou sequer em ter qualquer conhecimento quanto às providências que teriam sido adotadas para prestação de socorro daquela vítima, não podendo se eximir de responsabilidade pelo crime previsto no artigo 135 do Código Penal.”
O promotor afirma ainda que não há nenhuma dúvida quanto à consumação da omissão de socorro, e explica que este crime configura-se com a abstenção no momento em que poderia agir, mas preferiu omitir o socorro.
Na ocasião do acidente, imagens mostravam Bruno de Luca levando a mão à cabeça ao ver o amigo sendo atropelado, em sinal de desespero. Após Kayky Brito ter alta do hospital, o mesmo tentou visitar o ator em casa, mas não teria recebido autorização da família.