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Dólar fecha em queda e volta a R$ 5,05; Ibovespa tem alta

O dólar fechou em queda nesta terça-feira (10) e retornou à casa dos R$ 5,05, em um dia marcado por um pouco mais de otimismo em relação ao futuro das taxas de juros nos Estados Unidos. Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, teve nova alta.


Ontem, o vice-presidente do conselho do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Philip Jefferson, afirmou que qualquer novo aumento nos juros do país, hoje entre 5,25% e 5,50% ao ano, só será realizado com muita cautela, para evitar danos expressivos à maior economia do mundo.


Perspectivas de juros mais controlados agradam os investidores, o que beneficia moedas de outros países, como o real, e mercados de ações. Em contrapartida, o conflito intenso no Oriente Médio, que já entrou no quarto dia, segue gerando preocupações, principalmente em relação ao preço do petróleo.


Dólar

 


A moeda norte-americana terminou o dia com queda de 1,44%, cotada a R$ 5,0562. Veja mais cotações. Com o resultado, a moeda passou a acumular:


  • •queda de 2,04% na semana;
  • •alta de 0,59% no mês;
  • •queda de 4,20% no ano.

 


Na véspera, o dólar havia fechado em baixa de 0,61%, vendido a R$ 5,1300.



 


Ibovespa fechou em alta de 1,37%, aos 116.737 pontos. Com o resultado, passou a acumular:


  • • alta de 2,25% na semana;
  • • alta de 0,15% no mês;
  • • alta de 6,38% no ano.

 


Na segunda-feira (9), o índice fechou em alta de 0,86%, aos 115.156 pontos. O avanço foi puxado, sobretudo, pelas ações de petroleiras, que dispararam com a forte valorização do petróleo, por conta da guerra.



O que está mexendo com os mercados?

 


Em meio a um cenário de forte aversão aos riscos, o posicionamento mais “suave” do Fed, com o discurso do vice-presidente, ajudou a acalmar os ânimos do mercado.


Ontem, ao longo do dia, outros dirigentes também discursaram mantendo essa mesma posição e indicando que o recente aumento dos rendimentos dos Treasuries (os títulos públicos americanos) de longo prazo poderia limitar possíveis novas altas nas taxas da instituição. Na última semana, os títulos atingiram o seu pico desde 2007.


Segundo levantamento da ferramenta FedWatch da CME divulgado pela Reuters, operadores do mercado financeiro, em sua grande maioria, não acreditam em novas altas dos juros nas próximas reuniões do Fed. A estimativa de 87% deles é de que as taxas permaneçam inalteradas em novembro, enquanto 71% esperam o mesmo para dezembro.


Amanhã, o Fed divulga ata de sua última reunião, que deve trazer novas sinalizações sobre o futuro dos juros na maior economia do mundo.


Apesar do maior otimismo neste pregão, continua pesando sobre os negócios a escalada dos conflitos entre Israel e Hamas. A principal preocupação econômica com o confronto é em relação ao petróleo, tendo em vista que a região do Oriente Médio é uma importante produtora e exportadora da commodity.


Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), ainda é cedo para dizer se a guerra trará impactos para a economia, mas há cautela com o preço do petróleo, que pode trazer impactos sobre a inflação e afetar o crescimento econômico em nível global


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